Na Zero Hora, EPPGG discute necessidade de nova reforma da previdência

O EPPGG Rogério Nagamine Costanzi foi entrevistado pelo jornal Zero Hora neste domingo (11), onde alertou sobre a necessidade de uma nova reforma previdenciária. Atualmente, ele atua na Diretoria de Estudos e Políticas Sociais do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Disoc/Ipea), mas já passou pelo Ministério da Previdência Social como subsecretário do Regime Geral de Previdência Social e coordenador-geral de Estudos Previdenciários, entre outros cargos. A conversa com a colunista Marta Sfredo vem na esteira dos casos de fraude no INSS.

“Precisamos de uma nova reforma da previdência. Na verdade, é até contraditório falar em pente-fino diante das fraudes detectadas. Além dos descontos, existem outros problemas que abrem espaço para fraude”, assevera. Costanzi cita questões como a da AtestMed, que passou a conceder benefícios de auxílio-doença sem perícia presencial, só com atestado: “Houve explosão de auxílio-doença, o estoque chegou a crescer 80% de setembro de 2023 a julho de 2024. É preciso rever, porque abriu  espaço para fraude. Mas esse é um problema que precisa ser resolvido no curto prazo. No longo, vamos precisar de uma nova reforma”.

O EPPGG justifica a necessidade de outra reforma devido, em primeiro lugar, à questão do envelhecimento: o Censo de 2022 mostrou que a população brasileira está envelhecendo mais rapidamente do que se imaginava. “Uma projeção feita no ano passado mostra que a previdência tem mais ou menos dois contribuintes para cada beneficiário. Na década de 2050, a projeção é de que tenha um contribuinte para cada beneficiário, sem reforma”. Além disso, para Costanzi, há pontos que não foram resolvidos na reforma de 2019, uma vez que, durante a tramitação no Congresso, houve mudanças que obrigam, hoje, a se pensar outra vez em reforma.

Leia a entrevista completa.


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