Valor: EPPGG escreve sobre políticas protecionistas e competitividade na Europa

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O EPPGG aposentado Francisco Gaetani publicou artigo no Valor Econômico, em coautoria com Virgílio Almeida – professor associado ao Berkman Klein Center, da Universidade de Harvard, e ex-secretário de Política de Informática do Ministério da Ciência e da Tecnologia e Inovação –, em que se discute o futuro da competitividade na Europa e a ampliação de políticas protecionistas. O cerne da discussão é o Relatório Draghi, publicado em setembro e coordenado pelo ex-presidente do Banco Central Europeu Mario Draghi.

Gaetani e Almeida criticam o fato de o relatório ter passado despercebido no Brasil, uma vez que foi lançado em meio a campanha eleitorais do ano passado – municipais, no Brasil, e a presidencial nos Estados Unidos. “Não estamos dando conta da dramática importância que a competitividade está adquirindo, em um mundo cada vez mais protecionista”, afirmam.

Eles apontam que o Relatório Draghi traz vários pontos de interesse para os brasileiros, ao chamar atenção para três áreas estruturantes da política de competitividade europeia no futuro próximo: (1) a necessidade de se priorizar a inovação; (2) colocar a descarbonização no centro dos esforços; e (3) segurança e geopolítica. O primeiro desses pontos, na visão dos autores, é o mais relevante para o Brasil, e é o centro da discussão do artigo.

Nesse sentido, eles recordam do acordo entre Mercosul e União Europeia, que exigirá mais das empresas nacionais, uma vez que competirão com as europeias: “O acordo Mercosul-União Europeia, recém concluído, exigirá maior produtividade da economia brasileira, pois a abertura do mercado para produtos e serviços europeus aumentará a concorrência. As empresas brasileiras terão que competir com as europeias, que dispõem de mais acesso à tecnologia, são mais propensas à inovação e mais preocupadas com eficiência”.

Eles pontuam, contudo, que existem iniciativas no Brasil que podem alavancar estas questões: “O Brasil apresenta propostas para impulsionar temas como a transformação digital, com destaque para a política ‘Nova Indústria Brasil’. O Plano de Transformação Ecológica foca na taxonomia sustentável, enquanto o Congresso avança com o Plano de Transição Energética, que inclui digitalização. No campo tecnológico, destacam-se o Plano Brasleiro de IA, a Estratégia de Governo Digital e a Infraestrutura Nacional de Dados, todas voltadas ao aumento de produtividade e competitividade”.

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