Folha de S.Paulo: carreiras transversais serão cada vez mais frequentes na administração pública
Foto: Agência Brasil
Em reportagem desta semana da Folha de S.Paulo, o EPPGG e secretário de Gestão e Inovação no Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), Roberto Pojo, afirma que as carreiras públicas transversais – aquelas em que os servidores podem ser alocados em diferentes órgãos – serão mais frequentes na administração federal e devem representar uma fatia cada vez maior do total dos cargos. Hoje, segundo Pojo, os funcionários das carreiras transversais não passam de 5 mil, de um total de 550 mil servidores ativos – cenário que deve mudar.
O secretário explica que a intenção da transversalidade é propiciar experiências diversas aos servidores, permitindo que criem uma rede de contatos que ajude a solucionar problemas do Estado. Em média, eles ficam 4,5 anos em cada posto.
Paulo Kliass, EPPGG e membro da diretoria da ANESP, também foi entrevistado pela Folha. Para ele, a tendência é que ainda demore algum tempo para que se tenha uma avaliação sobre as novas carreiras transversais – as duas que entraram no Concurso Unificado deste ano (analista técnico de desenvolvimento socioeconômico e analista técnico de justiça e defesa) não foram criadas com aumento de vagas, mas com um remanejamento de postos que o governo considerava obsoletos, explica.
Ele lembra que EPPGG foi o primeiro cargo transversal da administração federal, criado em 1989 – aliás, neste sábado (10), a ANESP celebrará 36 anos de carreira. A respeito de sua própria experiência, Kliass conta que nunca passou mais de três anos em um mesmo local, e que passou por Casa Civil, Anvisa, Ministério do Planejamento, Ipea e outros órgãos.