EPPGG debate políticas brasileiras de educação em eventos internacionais
Em junho e julho passados, a EPPGG Juliana Macedo participou de dois eventos internacionais em que discutiu diferentes aspectos de políticas educacionais brasileiras: o 27º Congresso Mundial de Ciência Política, organizado pela International Political Science Association (IPSA) em Buenos Aires, Argentina; e a 6ª Conferência Internacional em Políticas Públicas, que ocorreu em Toronto, Canadá, organizado pela International Public Policy Association (IPPA).
Na Argentina, Macedo apresentou artigo de sua autoria intitulado “Desmantelamento das políticas de educação do Brasil em um governo de extrema direita”. Nele, ela debate o desmonte das políticas educacionais no Brasil entre 2019 e 2022, ao longo do governo de extrema-direita de Jair Bolsonaro. O artigo revelou três níveis de desmonte das políticas de educação no âmbito do Executivo Federal: primeiro, relacionado a funções específicas do Ministério da Educação, como sistemas de avaliação, coleta de dados, geração de informações e pesquisa nacional. Em um segundo nível, abarcava políticas dependentes de coordenação nacional, como infraestrutura, material didático e formação de professores. “No terceiro nível, houve o desmonte total de políticas específicas para atender a diversidade de alunos, impactando pessoas com deficiência, negros, indígenas e os mais pobres”, afirma Macedo.
Já no Canadá, a EPPGG debateu o papel de fóruns técnicos e de pesquisas em relação a políticas de equidade na educação básica brasileira. Macedo buscou analisar como estes espaços influíram para processos de aprendizagem e mudanças relacionadas às tentativas de redução das desigualdades raciais e de renda na educação no País.
“O Congresso Mundial de Ciência Política, da IPSA, e a Conferência Internacional em Políticas Públicas, da IPPA, possibilitam uma aproximação ímpar entre o universo da academia e pesquisa, a compreensão da política e da gestão pública. Os três elementos são centrais para pensar o Estado e as políticas públicas, tendo como referência maior a democracia que temos e que queremos. Por serem congressos mundiais, estão presentes inúmeros países (122 no IPSA e 78 no IPPA de 2023), com maior representatividade, tanto de participantes como de temas. Esse perfil traz a atualização em relação ao estado da arte mundial sobre temas específicos, além do estabelecimento de conexões. Ter participado, além da apresentação de papers, nos dois eventos em 2023, também como ‘chair’ e ‘discussant’ no IPSA, foi uma excelente experiência de trocas”, avalia Macedo.
Leia aqui o artigo apresentado no IPSA; e aqui o texto apresentado na IPPA.