Conferência do Fonacate: Presidenta da ANESP debate inovação e sustentabilidade no serviço público

Foto: Mateus Cândido/Fonacate

Na busca para promover um amplo debate sobre o papel das instituições públicas e dos servidores no enfrentamento às crises ambiental, democrática e econômico social, o Fonacate realizou a 8ª Conferência Nacional das Carreiras de Estado, nos dias 24 e 25 de setembro, em Brasília. O tema geral que guiou os paineis foi “Democracia e Sustentabilidade na Era Digital”.

A presidenta da ANESP, Elizabeth Hernandes, além de ter participado da mesa de abertura da Conferência, integrou o painel de encerramento, que debateu o tema “Inovação e Sustentabilidade no Serviço Público” e trouxe reflexões sobre como o setor público pode liderar transformações sustentáveis.

Hernandes, que também é vice-presidente do Fonacate, abriu as discussões alertando que um dos desafios da modernidade, nas variadas áreas, é impedir que cheguemos a uma situação de “insustentabilidade”. Além disso, ressaltou a importância de se ter mais mulheres em posições de liderança não apenas na administração pública e na política, mas também em outras esferas profissionais e pessoais - fator que fortalece a luta pela sustentabilidade. Salientou ainda o papel da diversidade como estímulo à inovação. "Primeiro ponto para a inovação: diversidade. Precisamos trabalhar por igualdade de gênero nos cargos de direção, nos cargos políticos. É uma responsabilidade coletiva e isso passa pelo no setor público.", comentou.

Maria Amélia Rodrigues da Silva Enriquez, economista e pesquisadora da Universidade Federal do Pará, que também participou do painel de encerramento, chamou a atenção para a urgência de repensar o modelo econômico brasileiro. “A insustentabilidade do crescimento é um tema urgente. Nosso sistema econômico continua tratando a natureza como um recurso abundante, e isso precisa mudar”, destacou. Ela também lamentou que a agenda econômica do país ainda não tenha considerado a questão da escassez dos recursos naturais.

Lucas Porto, representante do Movimento Pessoas à Frente, reforçou no painel que a inovação no serviço público deve ser centrada nas pessoas. “Não existe inovação sem gerar valor público. Precisamos de uma política de desenvolvimento que priorize o capital humano”, afirmou. Ele ressaltou que, para promover mudanças reais, é necessário reorganizar processos e lideranças que impulsionem o desempenho institucional.

Assista ao painel de encerramento da 8ª Conferência Nacional das Carreiras de Estado

Com informações do Fonacate.