Uso de evidências pela burocracia federal é tema de TD publicado por EPPGGs
Texto para discussão publicado na última semana no Ipea apresenta resultados de um survey aplicado com a burocracia pública da administração direta em âmbito federal, para compreender os usos de diferentes fontes de evidências para produção de políticas públicas. A EPPGG Natália Massaco Koga e o EPPGG em exercício no Ipea Pedro Lucas de Moura Palotti dividem a autoria com Bruno Gontyjo do Couto, Maricilene Isaira Baia do Nascimento e Rafael da Silva Lins, pesquisadores do Subprograma de Pesquisa para o Desenvolvimento Nacional (PNPD) na Diest/Ipea.
“O que informa as políticas públicas: survey sobre o uso e o não uso de evidências pela burocracia federal brasileira” traz a análise de 2.180 questionários respondidos em dezembro de 2019 e aponta para a existência de diferentes perfis de funções desempenhadas, com destaque para um perfil dedicado à produção de análises e assessoramento governamental.
A pesquisa indica ainda quatro perfis de burocratas: os que se baseiam em informações produzidas pela própria administração pública; os que se apoiam em diversos tipos de informações externas; um terceiro grupo que utiliza informações de fontes acadêmicas; e, por último, um perfil que confia em informações de cunho mais pessoal. Especificamente quanto às evidências científicas, a credibilidade e o prestígio da fonte, além da aplicabilidade dos estudos produzidos, são fatores que ampliariam sua utilização em âmbito federal.
Os autores ressaltam ainda que não se observaram, do ponto de vista organizacional, muitas estratégias para incorporação e disseminação de um enfoque de políticas públicas baseadas em evidências, havendo principalmente esforços individuais para utilizar evidências científicas no processo decisório.