“Não vejo porque a pressa”: Claudio Maierovitch sobre flexibilização do uso de máscaras

O EPPGG, epidemiologista e vice-presidente da Abrasco (Associação Brasileira de Saúde Coletiva), Claudio Maierovitch, concedeu entrevista ao Jornal Metrópoles sobre a flexibilização do uso de máscaras, medida que já vem sendo implementada em outros países e em algumas cidades brasileiras. Para o especialista, contudo, ainda não é a hora certa de diminuir os cuidados em relação à covid-19: “Não vejo porque a pressa. Essa atitude de flexibilizar assim que melhora um pouco é uma das causas do sobe e desce que estamos assistindo desde o início da pandemia. Não é só uma curva, são pessoas que adoecem e morrem”.

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Para Maierovitch, a máscara - ferramenta barata, fácil de usar e sem contraindicações - deveria ser uma das últimas medidas a serem descartadas no combate à pandemia. No lugar dessa discussão, as autoridades deveriam estar preocupadas em acelerar a vacinação de quem ainda não tomou a primeira dose ou precisa das doses de reforço.

O EPPGG acrescenta ainda que a situação da pandemia no Brasil está longe de ser confortável, o que faz da flexibilização conversa para outro momento. Enquanto o país contabilizar cerca de 100 mil casos e 600 mortes a cada 24 horas por conta da covid-19, não é o momento de se despreocupar: “As pessoas ficam com a imagem de um número alto que tivemos, quando 4 mil pessoas morriam por dia, e que quando está abaixo disso, está tudo bem. Não é assim, o que importa é a soma: ainda que não estejamos no máximo, se ficarmos em um nível médio por mais dias, o resultado é o mesmo”, explica.


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