Uso de ciências comportamentais nas políticas públicas é tema de artigo no Nexo
No artigo “Como as ciências comportamentais podem aprimorar as políticas públicas” dos EPPGGs Antonio Claret Campos Filho e Luis Henrique da Silva de Paiva, publicado no Nexo Políticas Públicas, é analisado como as ciências comportamentais ganham espaço e produzem preditores mais precisos e que apoiam o desenho e a implementação de políticas públicas.
A ideia de que indivíduos são perfeitamente racionais e reagem a incentivos está envelhecendo mal. Melhor entendimento sobre o processo decisório humano sugere novas estratégias em programas sociais.
A literatura empírica mostra, como afirmam Esther Duflo e Abhijit Banerjee, que “os incentivos financeiros não chegam perto de ser tão poderosos quanto usualmente assumimos”. E depois, pelo fato de que modelos mais aderentes ao real processo de tomada de decisão surgiram a partir da década de 1970 e têm se mostrado melhores preditores do comportamento humano.
As ciências comportamentais possibilitam tornar mais efetivos os instrumentos tradicionais de políticas públicas e nos sugerem novos instrumentos, como os nudges, propostos por Richard Thaler e Cass Sunstein. Os nudges consistem em pequenas mudanças no ambiente decisório para “dar um empurrãozinho” que leve as pessoas a melhores decisões, de acordo com seu próprio julgamento.