Folha destaca mobilização de ANESP e entidades diante da reforma administrativa
Foto: Marina Ramos/Câmara dos Deputados
Em reportagem publicada nesta quarta-feira (27/8), a Folha de S.Paulo destaca que entidades do funcionalismo público já iniciaram movimentos de mobilização diante das propostas em discussão na reforma administrativa. Entre os pontos considerados mais preocupantes estão a regulamentação da contratação de servidores temporários e a limitação do teletrabalho.
Ao jornal, a presidenta da ANESP, Elizabeth Hernandes, criticou o que chama de "flexibilização do temporário", e deu exemplos de casos em que um servidor com estabilidade pode atuar mais firmemente por não ter medo de perder o emprego, como em fiscalizações.
De acordo com a matéria, ainda não há texto formal apresentado pelo governo. As informações disponíveis são as declarações do deputado Pedro Paulo (PSD-RJ), presidente do grupo de trabalho sobre a reforma, em entrevistas recentes. Entre os pontos citados por ele estão: a limitação de supersalários, a criação de metas com indicadores claros, o fim das férias de 60 dias para cargos que ainda detêm esse privilégio, além da regulamentação da contratação de temporários e do trabalho remoto.
Rudinei Marques, presidente do Fonacate, afirmou à reportagem que não há evidências de que o teletrabalho reduza a produtividade do serviço público. Já Alison Souza, presidente do Sindilegis e diretor do Instituto Servir Brasil, destacou que a proposta de reduzir o teletrabalho “causou um grande alvoroço entre os servidores” e defendeu a adoção de um modelo híbrido.
A Folha ressaltou ainda que a ANESP, o Fonacate e o Instituto Servir Brasil começaram a pensar em como reagir às propostas da reforma administrativa e a pressionar deputados para conseguir modificações no texto. Nesse aspecto, Hernandes afirmou que, sendo identificado "o que não é do interesse dos servidores", a ANESP mobilizará as bases e irá para o 'corpo a corpo' no Legislativo.