Presidenta da ANESP fala sobre efeitos negativos da Reforma Administrativa

Foto: Mario Agra

A presidenta da ANESP, Elizabeth Hernandes, conversou com o portal Poder Delas a respeito dos potenciais efeitos negativos da Reforma Administrativa, caso venha a ser aprovada no Congresso. Apresentada pelo deptado Pedro Paulo (PSD-RJ), a proposta é, de acordo com Hernandes, “punitivista” e não visa, exclusivamente, a melhoria da qualidade dos serviços públicos. “Ela [reforma administrativa] estimula a competição, ou seja, ela é contrária à nossa estrutura de trabalho”.

Em relação às alterações no processo de avaliação, a presidenta da ANESP reforça que há, na proposta, a intenção de coagir servidores – e, em sua avaliação, quem mais sentiria os impactos seriam as mulheres: “Se a gente deixa o processo de avaliação ser precarizado, a gente sabe que as mulheres serão vítimas. Porque esse processo personalizado pode dar margem a vários tipos de assédio, inclusive o assédio sexual”.

Hernandes reforça que a privatização de serviços – algo facilitado pela proposta – não é a resposta para os problemas do Brasil: “É muito fácil falar mal do servidor público. No entanto, o povo brasileiro não está contente com o monte de serviço que foi privatizado”. Para ela, o que é necessário é justamente o contrário: a valorização do serviço público. “O que a gente precisa é fortalecer o serviço público, para que o serviço público regular a entrega de serviços privados e de outros serviços que a população precise”.

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