O que leva um país a ser inovador? EPPGG discute o tema em revista internacional
O que torna alguns países mais inovadores do que outros? De forma bastante resumida, essa é a pergunta que o EPPGG Pedro Luiz Costa Cavalcante, que atua no Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), busca responder em artigo publicado recentemente pela editora internacional Emerald.
Em termos amplos, Cavalcante discute em seu texto a maneira como países estruturam sistemas de inovação de forma a “promover a prosperidade” em empresas e órgãos públicos, capacitando-os a enfrentar os múltiplos e dinâmicos desafios sociais. “Uma lição fundamental para aqueles que têm sistemas continuamente em falha é que a política de inovação deve estar sempre na agenda prioritária, como fez a maioria dos países da OCDE [Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico] nas últimas décadas”, aponta.
A pesquisa emprega análise descritiva de dados e modelos de regressão multivariada, utilizando dados do Índice Global de Inovação (GII, na sigla em inglês) para analisar sistemas de inovação inter-regionalmente no que diz respeito a arranjos institucionais e desempenho. Desde 2013, o GII mede e classifica anualmente os insumos e resultados de inovação de mais de uma centena de países com base numa abordagem abrangente e sofisticada e em perspectiva multidimensional.
Cavalcante conclui que diferentes índices de insumos de inovação afetam o nível de desempenho do país, mas nem todos mostram um impacto estatisticamente significativo nos resultados de inovação: “Os índices de instituições e infraestruturas não afetam o desempenho inovador das economias. Os principais determinantes do desempenho da inovação em todo o mundo são a sofisticação empresarial, o capital humano e a pesquisa [HC&R, sigla em inglês] e a sofisticação do mercado”, afirma.