Em matéria no Estadão, EPPGG analisa demanda e crescimento da fila do Auxílio Brasil
O Estadão publicou matéria que aborda a “explosão” da demanda pelo Auxílio Brasil, que já tem fila de quase 3 milhões de famílias. Segundo a reportagem, a velocidade do crescimento da demanda reprimida vem surpreendendo e preocupando prefeitos, que, “na ponta”, sentem as cobranças da população, na esteira do aumento da pobreza nas suas localidades. Afinal, é nos municípios que as famílias fazem o cadastramento ao programa, no Centro de Referência da Assistência Social (Cras).
Ao todo, são 5,3 milhões de pessoas que têm o perfil para receber o benefício e estavam na fila de espera em abril, segundo mapeamento da Confederação Nacional de Municípios (CNM). A fila mais que dobrou em apenas um mês, apresentando um crescimento de 116%.
Uma das entrevistadas pelo Estadão foi a EPPGG Letícia Bartholo, que criticou o desenho do programa: “Além do desenho nada equitativo, o piso de R$ 400 gera incentivos para que pessoas que moram juntas se cadastrem separadamente. É uma espécie de desmembramento de famílias, que prejudica enormemente a qualidade dos dados do Cadastro Único e, com isso, sua capacidade de direcionar as políticas públicas à população mais vulnerável”, afirma a especialista, que é ex-secretária nacional adjunta de Renda de Cidadania.