Relatório da CPI da Pandemia cita estudo de EPPGG sobre impactos nas trabalhadoras domésticas
O relatório final da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia, no Senado Federal, foi apresentado na última quarta-feira (20) à sociedade. No documento de 1180 páginas, é citado a partir da página 605, o artigo científico publicado no Repertório do Conhecimento do IPEA, de autoria da EPPGG Carolina Pereira Tokarski e da pesquisadora Luana Simões Pinheiro, que faz um recorte no mundo das mulheres trabalhadoras e aprofunda a condição de vulnerabilidade das empregadas domésticas.
A CPI da Pandemia foi criada para apurar as ações e omissões do Governo Federal no enfrentamento da pandemia da covid-19 no Brasil e, em especial, no agravamento da crise sanitária no Amazonas, com a ausência de oxigênio para os pacientes internados. Também investiga as possíveis irregularidades em contratos, fraudes em licitações, superfaturamentos, desvio de recursos públicos, assinatura de contratos com empresas de fachada para prestação de serviços genéricos ou fictícios, entre outros ilícitos, se valendo para isso de recursos originados da União Federal, bem como outras ações ou omissões cometidas por administradores públicos federais, estaduais e municipais, no trato com a coisa pública.
Ao longo dos últimos seis meses, o trabalho da CPI foi conduzido pelos senadores e técnicos do Senado Federal, buscando reunir evidências, a partir de oitivas e documentos técnicos como o artigo sobre o impacto da Covid nas trabalhadoras domésticas.
Nesse contexto, a revisão da gestão de programas e políticas públicas federais correlatos à prevenção, tratamento e mitigação de efeitos da pandemia foram exaustivamente analisados e necessitaram de colaborações de muitos especialistas. O EPPGG Claudio Maierovitch, enquanto médico epidemiologista e ex-presidente da Anvisa, foi um dos convidados a contribuir com esclarecimentos na audiência da CPI realizada em 11 de junho de 2021. Na sessão, ao lado da microbiologista Natalia Pasternak, aportou aos senadores argumentos técnicos, embasados em evidências científicas e pela defesa da ciência no que tange aos aspectos da prevenção à contaminação pela Covid-19.