No UOL, EPPGG aborda a situação dos órfãos da pandemia e ausência de políticas públicas
No artigo “Sem políticas públicas, o que será dos órfãos da COVID no Brasil?”, publicado no UOL nesta quarta (24), a socióloga e EPPGG Juliana Matoso Macedo argumenta que a desarticulação, o corte no orçamento e o encerramento deliberado de políticas públicas para crianças e adolescentes projeta-lhes um futuro sombrio.
O número de crianças e adolescentes que ficaram órfãos na pandemia, por exemplo, ainda é uma incógnita, mas estima-se em torno de 168 mil casos de crianças órfãs dos seus cuidadores. No Brasil, as crianças e adolescentes somam 53 milhões (menos de 18 anos), integrando aproximadamente 40% das famílias. Há uma projeção de que, pelo menos, 18 milhões, de 0 a 14 anos, estejam em situação de pobreza ou extrema pobreza. Por outro lado, enquanto o grupo até os 17 anos representam 6% do total de mortes violentas intencionais. Esse conjunto de fatores poderão trazer como consequência prejuízos intergeracionais de grande impacto, do ponto de vista ético, humano, social, político e econômico.