EPPGG discute descriminalização das drogas no Jornal GGN

Foto: Agência Brasil

O EPPGG Paulo Kliass assina artigo no Jornal GGN em que aborda a temática da descriminalização das drogas. Comentando as últimas movimentações – desproporcionais, em sua análise – do governo dos Estados Unidos em relação à Venezuela, em paralelo a um crescimento impressionante do poderio e do alcance geográfico de facções e milícias no Brasil, Kliass aponta que, tanto para a esfera internacional quanto para as questões domésticas, a opção pela legalização das drogas é a melhor estratégia, posto que “permitiria tratar as drogas como política de saúde pública e não como ramo especializado das polícias”.

“A proibição gera um conjunto de graves distorções, a exemplo da baixa qualidade dos produtos ofertados, o aumento dos riscos inerentes às atividades, as altas taxas de mortalidade no sistema e em seu entorno, o oligopólio na produção e na comercialização, dentre tantas outras. A descriminalização gera um efeito imediato de desconcentração do modelo de negócios, com consequências positivas para o conjunto da sociedade”, escreve.

Para o EPPGG, enquanto as drogas seguirem sendo objeto de tratamento das polícias, o crime organizado estará com suas fontes de alta rentabilidade asseguradas. “Enquanto as drogas permanecerem como bens proibidos e seu uso considerado como atividade criminosa, o tráfico e a milícia só farão aumentar seu faturamento e seus lucros. As demandas pelo uso medicinal cada vez mais comprovado ou pelo uso recreativo não foram reduzidas pelo proibicionismo. A descriminalização é o caminho mais adequado e menos prejudicial para o conjunto da sociedade”.

Kliass conclui o texto defendendo – outra vez fazendo alusão à presença estadunidense na América do Sul – que legalizar as drogas significa eliminar a retórica de “polícia do mundo” de Trump e demais dirigentes dos EUA. “Legalizar as drogas ajuda a desmontar o poder e as estruturas do crime organizado no interior do Estado e da sociedade. Legalizar as drogas significa oferecer luz e oxigênio a um conjunto de atividades atualmente consideradas criminosas e que se mantêm vivas graças à corrupção”.

Leia o texto completo.


ÚLTIMAS NOTÍCIAS