Com repercussão de caso na Justiça inglesa, EPPGG reforça segurança da vacinação contra o coronavírus
O EPPGG Claudio Maierovitch, ex-presidente da Anvisa e médico sanitarista da Fiocruz, foi entrevistado pela coluna de Paulo Cappelli, do jornal Metrópoles, a respeito do risco de trombose decorrente da vacinação contra a covid-19. O assunto ressurge em 2024 após a AstraZeneca ter admitido à Justiça da Inglaterra a – rara, diga-se de passagem – possibilidade deste efeito colateral ocorrer. Sobre isso, Maierovitch é bastante claro: o risco de se contrair trombose é muito maior sem a dose da vacina, devido aos riscos representados pelo coronavírus:
“Esse tema da trombose surgiu ainda em 2021, quando as vacinas começaram a ser utilizadas. E aí cada vacina apresentou uma proporção bastante pequena de eventos adversos, incluindo Jansen, Pfizer… Na época, começou a se observar uma ocorrência muito rara de trombose de vasos cerebrais [na AstraZeneca], mas na maior parte dos casos não era nada grave”.
Maierovitch explica que houve um consenso na comunidade científica, uma vez que o risco de trombose decorrente da vacinação era muito inferior em comparação ao da doença em si, a covid-19: “Em pessoas não vacinadas, a covid pode provocar uma infecção grave, com alteração da coagulação e ocorrência de trombose em várias partes do corpo, inclusive nos pulmões”, ressalta.
“Acho que os efeitos colaterais assustam, mas às vezes a gente se esquece do que acontecia antes. É importante que se preste atenção, porque já passou aquele momento [de pico da contaminação] e agora é possível escolher qual vacina é mais adequada para cada grupo populacional, de modo a evitar efeitos adversos”, conclui o EPPGG.
Cabe reforçar a segurança dos esquemas de vacinação disponíveis no SUS. Todos os imunizantes passam por análises de risco antes de serem distribuídos em postos de saúde. Além disso, informa a coluna, o governo brasileiro tem utilizado doses da Pfizer e da Moderna na vacinação contra o coronavírus. Leia a coluna na íntegra aqui.