Auxílio Brasil: EPPGGs esclarecem o novo programa em entrevistas e artigos
O Programa Auxílio Brasil começou a ser pago na quarta-feira (17) a mais de 14,5 milhões de beneficiários do antigo Bolsa Família. Com a mudança, o Auxílio Emergencial também chega ao fim. Em meio a dúvidas sobre o funcionamento do novo programa social, a imprensa tem buscado como fonte especialistas da carreira de EPPGGs para apoiar no acesso a informação de beneficiários e da sociedade em geral.
Na última semana, a sociologia e EPPGG Letícia Bartholo foi entrevistada pelo jornal Zero Hora a respeito do tema. Ao veículo gaúcho, Letícia explicitou que uma de suas principais críticas ao Auxílio Brasil é sobre a criação de "incentivos financeiros" que condicionam reforço no pagamento a ter ao menos uma pessoa com emprego formal, acumulando recursos em famílias com alguma proteção. Em poucas palavras, vê "muita confusão para pouco resultado" e aponta uma "espécie de leilão com os mais pobres".
Em co-autoria com o pesquisador do Ipea Leandro Ferreira e o deputado federal Milton Coelho, a EPPGG Letícia Bartholo resgata, na Folha de S. Paulo, que a extinção do Programa Bolsa Família não pode ser debitada somente na conta do governo federal. No artigo “Quem matou o Bolsa Família?”, apontam que imprensa, órgãos de fiscalização e controle, parlamento, cidadãos, entre outros, não compreenderam e não defenderam a essência dessa política pública.
O EPPGG e vice-presidente da ANESP Rogério da Veiga foi entrevistado pela Rede Minas e pela Record News na terça-feira (16), véspera do início do pagamento do novo auxílio.
“Nós estamos trabalhando no remendo em cima de outro remendo. Nós não sabemos como o próprio Auxílio Brasil vai ficar porque mesmo a MP que cria esse novo programa e extingue o Bolsa Família - ainda não foi aprovada na Câmara e no Senado. O relator da matéria, o deputado Marcelo Aro, ainda está construindo o texto e pode alterar a estrutura desses benefícios. Isso implica em um processo político que ainda está em curso”, afirmou Rogério da Veiga para a Rede Minas.
Já em entrevista à Record News, ele ressaltou que é importante que seja preservada a continuidade de pagamento aos mesmos beneficiários do Bolsa Família. Mas alerta que não haverá, nesse momento, a ampliação da cobertura pelo novo programa, que se constituía como promessa do governo federal.
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