Estudo de EPPGG busca dimensionar “cinismo organizacional” no Brasil

Foto: Freepik

A EPPGG Ana Cláudia de Medeiros escreveu, em coautoria com Elaine Rabelo Neiva, artigo em que debate o “cinismo organizacional”, que representa, segundo a literatura especializada, dimensões que englobam pensamentos pessimistas, afetos negativos e comportamentos críticos dirigidos à organização. O sentimento surge da crença dos trabalhadores de que o local em que estão inseridos não possui integridade, entre outros fatores. O texto foi publicado na revista Avaliação Psicológica.

O objetivo principal do estudo é traduzir escalas de cinismo existentes no mundo para o contexto brasileiro: “As definições propostas pelos autores são adequadas e estão sendo transpostas de maneira efetiva para os itens do instrumento? É possível adaptar adequadamente esse instrumento para o Brasil?”, perguntam-se as autoras.

Para chegar a respostas, elas aplicaram técnicas de mensuração do cinismo, buscando entender as particularidades das organizações brasileiras. Os participantes valoraram questões como “Quando penso na minha organização, eu sinto ansiedade”, “É patético ver uma pessoa altruísta no mundo de hoje porque assim as pessoas podem se aproveitar dela” e “As pessoas afirmam que têm padrões éticos em relação à honestidade e à moralidade, mas poucas pessoas se atêm a eles quando as coisas estão difíceis”.

Como conclusão, Medeiros e Neiva afirmam que o processo de adaptação da escala de cinismo encontrou evidências de validade para o contexto brasileiro: “Com relação à validade discriminante, é preciso continuar aplicando o instrumento, por meio de novos estudo empíricos, para que em novos contextos em nosso país possa ser alcançada uma melhor compreensão do fenômeno e colocação à prova as dimensões encontradas. O instrumento mostra-se apropriado à avaliação da percepção que o indivíduo tem do cinismo em âmbito nacional”.

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