EPPGG debate CadÚnico e digitalização das políticas sociais em edição comemorativa da Policy in Focus

Na revista internacional Policy in Focus, a EPPGG Denise Direito debate a situação do Cadastro Único (CadÚnico) no cenário pós-pandemia e de ampliação da digitalização das políticas sociais. Para ela, a longa duração da pandemia dificultou a atualização de dados e o cadastro de novas famílias, mesmo com o desenvolvimento de aplicativo e outras tentativas de soluções digitais: “Em março de 2022, 28 milhões de domicílios estavam cadastrados no CadÚnico, 82% dos quais com informações atualizadas. Em outubro de 2021, apenas 58% do banco de dados foi atualizado”. O resultado, segundo a EPPGG, foi uma quantidade inédita de informações desatualizadas no sistema, com crescentes denúncias de filas e precariedade no atendimento nos postos municipais. Portanto, atualizar os dados do CadÚnico é uma urgência para a próxima gestão federal, uma vez que ele serve como uma espécie de “guia” para a aplicação dos programas sociais. Leia mais aqui.


Contudo, para além da crise, Direito propõe que se aproveite o momento pandêmico como aprendizado e oportunidade: “Houve lições difíceis a serem aprendidas com a pandemia. Ela lançou luz sobre questões que foram ofuscadas por rotina e hábitos”. Nesse sentido, ela apresenta dois aspectos cruciais para o avanço da proteção social, considerando o CadÚnico: primeiro, a simplificação da entrada e da manutenção de dados, utilizando todo o potencial tecnológico em benefício da população: “Não como obstáculo ou punição, mas como ferramenta para dar visibilidade às suas necessidades e condições e atendê-las adequadamente”, afirma. “O segundo aspecto é a melhoria da informação transmitida às administrações municipais por meio do desenvolvimento de uma nova camada de informações – sistema – que inclua os benefícios concedidos e/ou retidos. Isso facilitaria um melhor entendimento da população sobre os serviços e benefícios oferecidos”, conclui Direito.


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