Desafios das áreas de gestão de pessoas e compras públicas são abordados em nota no República.org

Em mais uma nota da série sobre compras públicas para o site República.org, a EPPGG Virgínia Bracarense Lopes, em coautoria com as especialistas Isabela Gomes Gebrim e Andréa Heloísa da Silva Soares, explora a interrelação das áreas públicas de gestão de pessoas e compras. Em um texto bem-humorado, as autoras traduzem a realidade de servidores que são alocados nos setores de compras e percursos que podem trilhar para vencer os obstáculos impostos.

Acesse a nota Gestão de Pessoas e Compras públicas: realidades paralelas?

No texto, é contextualizado que a simples alocação de pessoas na unidade de compras, sem avaliar as competências requeridas para o desempenho das funções, sem verificar se esse ou aquele servidor atende aos requisitos mínimos, sem dedicar tempo à construção de planos de capacitação coerentes com o que é preciso para vencer lacunas de conhecimentos, habilidades e atitudes, compromete diretamente o êxito das contratações realizadas e demonstra que estamos longe de ter “gestão de pessoas” em sentido efetivo.

A atividade de compradores públicos requer um olhar muito mais dedicado, uma discussão em nível estratégico do que pode ser feito, para que as pessoas que ali trabalham possam desempenhar seus papéis da melhor forma possível. Ora, é dessa área que sairão contratações que impactarão direta ou indiretamente a vida de cada um de nós, dos nossos filhos e das gerações futuras. 

Nessa esteira de estruturação do trabalho na área de compras surgem também a necessidade de mapeamento de processos, gestão do conhecimento, desenvolvimento de habilidades, internalização da cultura organizacional, alinhamento aos objetivos estratégicos do órgão são todas questões imprescindíveis à gestão de pessoas e de compras públicas.

O ambiente das compras públicas é revestido de pressão. Quando a contratação é finalizada, poucos se lembram do esforço hercúleo que foi para colocar “de pé” aquele projeto. Todavia, se a contratação teve algum problema, atraso, falência de empresa, qualidade ruim na entrega, foi a área demandante que não soube especificar, ou a área de licitação que não soube escolher corretamente o vencedor, ou a área de fiscalização que foi negligente. Somos lembrados somente quando as coisas não vão bem, infelizmente. Ter patrocínio da alta gestão, transparência e confiança são imprescindíveis para que os servidores que atua na área de compras sintam-se acolhidos em momentos ruins e difíceis, e motivados a entregar mais ainda, quando tudo vai bem.

Construir um ambiente onde os erros não sejam escondidos, ao contrário, sejam aceitos e entendidos como parte do processo e corrigidos rapidamente é um dos pilares de algumas metodologias ágeis que ajudam no processo de gestão de pessoas

Gerir pessoas é complexo. Gerir pessoas em um ambiente árido e dinâmico como o das compras públicas é complexo. Porém, só é possível ter entregas consistentes, de qualidade, inovadoras e que agreguem valor, de fato, se houver a sabedoria de aliar pessoas ao propósito maior do motivo pelo qual se desempenha o papel como compradores públicos, gestores e líderes. As realidades das duas áreas são convergentes e intrínsecas, e é aqui que reside a beleza do desafio.