Gestão para a sustentabilidade

No mundo de hoje, crescimento sustentável é um ideal perseguido por entidades de todas as naturezas. Sejam governos, instituições privadas, terceiro setor ou sociedade, todos caminham em busca de modelos capazes de gerar desenvolvimento sem agredir o meio ambiente. Aos olhos do mundo, a importância da sustentabilidade no Brasil é ainda maior, devido à extensa área verde existente no País. Neste aspecto, desde maio deste ano, o Poder Executivo conta em seu quadro com mais um competente profissional. Trata-se do EPPGG Alberto Lourenço - subsecretário de Desenvolvimento Sustentável da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República (SAE).

Ex-diretor de Amazônia da SAE, Lourenço carrega na bagagem a experiência de anos nos Ministérios do Meio Ambiente e da Integração Nacional, sempre em Secretarias ligadas aos temas Amazônia e sustentabilidade. As atuações em programas como o Áreas Protegidas da Amazônia (Arpa) e o Programa Piloto de Proteção às Florestas Tropicais do Brasil (PPG7) deram ao gestor oportunidade única de conhecer a fundo as oportunidades e obstáculos para que o País consiga promover melhorias nesses aspectos.

O gestor assume com otimismo a Subsecretaria. Para ele, ocorre no mundo uma convergência de visões em torno de um modelo de desenvolvimento oposto ao do desmatamento predatório, e o País possui grande facilidade para se adaptar a esses novos sistemas, baseados, sobretudo, na tecnologia e produtividade. “Por exemplo, na Amazônia, hoje, não há quem defenda um modelo que dependa do desmatamento. Estamos cruzando patamares de um sistema agrícola e passando para outro, mais generoso, tecnológico e intensivo. Nessa nova conjuntura, o Brasil tem condições invejáveis para se tornar líder”, afirma o subsecretário.

Lourenço destaca ainda que o Brasil é uma das nações que podem mais rapidamente reduzir as emissões de carbono no planeta. De acordo com o especialista, isso acontece, pois as liberações brasileiras de gases do efeito estufa estão diretamente ligadas à derrubada de área verde. “ Entre 40% e 50% vêm do desmatamento do cerrado e da Amazônia. As vezes mais. Você corta isso e o Brasil reduz as emissões pela metade”, argumenta. Nesse aspecto, o ano de 2008/2009 deverá se consolidar como o de menor derrubada de área verde de toda a história. Entre agosto de 2007 e julho de 2008, foram cerca de 11.000 Km² de área desmatada. No período seguinte, que se encerra no fim deste mês, a expectativa é de 6.000 Km².

Visão errada

Outro ponto apresentado pelo gestor é em relação à visão da ocupação da Amazônia. Segundo Lourenço, é comum as pessoas pensarem que a região é um paraíso intocável e que o ser humano tem um papel exclusivamente destruidor sobre a floresta. Entretanto, afirma, teorias atuais defendem que a difusão de áreas férteis e de algumas espécies vegetais na Amazônia se deve à presença humana. “A fertilidade foi produzida pela adição de carvão vegetal à terra, o que acaba melhorando as propriedades de retenção coloidal do solo. Então, é tolice achar que os seres humanos só chegaram para destruí-la. Eles sempre estiveram lá e sempre construíram”. Entretanto, o EPPGG faz uma ressalva: “É também verdade que nessas últimas quatro décadas a ocupação teve natureza profundamente devastadora e gerou pouco resultado.”

Gestores

Defensor do alcance de cargos dentro da Administração Pública por meio da meritocracia, Lourenço aponta, ainda, algumas características que fazem dos EPPGGs servidores capacitados para assumirem cargos de gerência no governo. Segundo o subsecretário, a forte rede de relacionamentos construída pelos membros da carreira e a excelente capacitação destes profissionais são pontos que diferenciam a categoria. “Os gestores têm um trânsito horizontal muito bom na Esplanada. Isso acaba sendo um catalizador de boas políticas públicas para o Brasil.”.

Fonte
Assessoria de Comunicação ANESP