Queremos reformas? Sempre. Desde que melhorem as entregas à população

Por Elizabeth Hernandes, presidenta da ANESP

 

A sociedade brasileira merece serviços públicos de qualidade, capazes de responder aos desafios complexos do nosso tempo - da educação à saúde, da segurança às políticas de desenvolvimento sustentável. Para que isso aconteça, é fundamental que qualquer proposta de reforma administrativa tenha como objetivo central o fortalecimento do Estado e a melhoria das entregas à população.

E há um ponto inegociável: só é possível entregar serviços melhores com servidoras e servidores públicos contratados via concurso, com estabilidade, salários atrativos e condições dignas de trabalho.

Reformas que fragilizam a carreira pública, que abrem espaço para contratações precárias e para o enfraquecimento da estabilidade, não fortalecem o Estado. Ao contrário, corroem sua capacidade de servir à sociedade de forma técnica, imparcial e profissional. São ameaças frequentes que rondam o serviço público, a exemplo das propostas que estão em elaboração pelo Grupo de Trabalho da Reforma Administrativa, constituído atualmente na Câmara dos Deputados.

O Brasil precisa de reformas que incentivem a valorização, a formação contínua e a motivação dos servidores. Precisamos de carreiras sólidas que atraiam os melhores talentos e garantam que esses profissionais possam se dedicar integralmente à missão pública.

Queremos reformas? Sempre. Mas não qualquer reforma. Queremos aquelas que ampliem a confiança no serviço público, que assegurem a boa gestão e que, acima de tudo, entreguem mais e melhor para cada cidadã e cada cidadão brasileiro. Esta é uma das questões que temos debatido, no âmbito da ANESP e com parceiros, como fizemos recentemente na primeira edição da série Diálogos ANESP. Assista a um trecho:


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