Assédio institucional é tema de reportagem na revista Carta Capital

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A revista Carta Capital trouxe, em sua última edição impressa, reportagem sobre a ampliação e a extensão das práticas de assédio institucional no governo federal, caracterizadas por filtro ideológico, censura prévia, punições a sindicatos e agitação de seguidores fanáticos para perseguir funcionários públicos que se dedicam a cumprir a lei.

Chamados para analisar este novo fenômeno, representantes da Afipea, Fonacate, Andeps e Anesp demonstram preocupação que as práticas de assédio, que se tornaram sistemáticas, atingem diretamente os servidores públicos, e, indiretamente, a população, ao se concretizar também como estratégia de desmonte do Estado.

O presidente da ANESP, Pedro Pontual, relatou na reportagem que "um processo habitual de nomeações abrangia antecedentes criminais, processos judiciais pendentes e uma análise da compatibilidade entre o currículo do candidato e os requisitos do cargo, mas isso ficou em segundo plano. Há uma avaliação das ideias expressas pelo funcionário em redes sociais e, quando se encontra algo considerado ideológico, informa-se que o nome foi vetado por questões de conveniência e oportunidade".

"O impacto direto do assédio institucional é desencorajar as visões críticas e ponderações e uniformizar os pontos de vista que subsidiam a tomada de decisão. Isso contraria o interesse público por resultar em iniciativas mal discutidas que com frequência prejudicam a sociedade, exigem reformulações e desperdiçam dinheiro público", complementa Pontual.

Uma iniciativa conjunta da Andeps e Afipea citada da reportagem é a publicação da cartilha "Assédio Institucional. O que é? Como enfrentar", lançada nesta semana para subsidiar o debate, orientar servidores que possam estar sendo vítimas dessas práticas e alertar a administração pública para enfrentar o assédio em seus órgãos.


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