Enchentes no RS: informe-se sobre o que é verdade

Junto com a maior tragédia climática que assola o estado do Rio Grande do Sul, uma proliferação de notícias falsas inundam redes sociais e canais de WhatsApp prejudicando ainda mais a população impactada. As enchentes no estado já afetaram 425 dos 497 municípios gaúchos, causaram dezenas mortes e desaparecimentos, desabrigaram famílias e fizeram colapsar os serviços básicos de fornecimento de água, energia elétrica e comunicações. Diante da desinformação que se soma à tragédia, a ANESP alerta para a importância da divulgação de informações verdadeiras como também para a responsabilidade de checar as informações que nos chegam. 

Para isso, a ANESP recomenda que fontes oficiais dos governos nos níveis federal, estadual e municipais sejam privilegiadas, assim como canais de agências de checagem de informações, além do site específico do governo federal para enfrentamento de fake news. 

  • Governo Federal/Secretaria de Comunicação: site oficial da Secretaria de Comunicação, órgão vinculado à Presidência da República. Acesse aqui. 

  • Governo do Estado do RS: Site oficial do Governo do Estado do Rio Grande do Sul. Acesse aqui. 

  • #BrasilContraFake: É uma plataforma dedicada à divulgação de informações e esclarecimentos sobre desinformação relacionada às ações institucionais do Governo Federal, assim como às políticas públicas que estão sendo alvo de desinformação. Acesse aqui. 

  • Agência Lupa: Integra a International Fact-Checking Network (IFCN) e compartilha sua metodologia e princípios com outras agências de checagem ao redor do mundo. Ela classifica notícias com etiquetas como “falso”, “verdadeiro”, “contraditório” e “ainda é cedo para dizer”. Acesse aqui. 

  • Aos Fatos: Segue o código internacional de princípios e condutas estabelecidos pela IFCN. Eles contextualizam e classificam informações com selos da organização. Acesse aqui.

  • Fato ou Fake: Serviço de checagem oferecido pelo grupo Globo, investiga notícias compartilhadas nas redes sociais. Eles utilizam selos como “fato”, “não é bem assim” e “fake” após a apuração. Acesse aqui. 

  • Estadão Verifica: É a agência de checagem do grupo O Estado de São Paulo. Eles também seguem princípios de apartidarismo e transparência. Acesse aqui. 

  • UOL Confere: Verifica informações e busca esclarecer dúvidas dos usuários. Acesse aqui.

A proliferação de fake news sobre o Rio Grande do Sul lembra muito as situações vivenciadas pelos brasileiros durante a pandemia de covid-19. Baseadas em mentiras, preconceitos e dados que não têm lastro na ciência, essas fake news põem vidas em risco, vulnerabilizam as pessoas afetadas e descredibilizam ações e autoridades estatais e científicas. 

“No campo das políticas públicas, as fake news impõem aos gestores públicos o desafio de combatê-las, zelando pela eficiência e pelas evidências científicas nas decisões públicas, mesmo que isso desagrade a determinados atores sociais”, escreveram o EPPGG Leonardo Prudente e a pesquisadora da Fiocruz Brasília Mariella Oliveira-Costa no artigo “O desafio das fake news para os gestores de políticas públicas”, no Nexo, ainda em 2020. 

Nesse sentido, a lógica desinformativa desestabiliza a ordem coletiva, um fator que preocupa ainda mais em situações caóticas como a da tragédia climática gaúcha.


ÚLTIMAS NOTÍCIAS