Campanha Salarial: Encaminhamentos e Reunião do Ciclo

As entidades representantes do Ciclo de Gestão se reuniram nesta quarta-feira (26), na sede da Associação Nacional dos Servidores da Carreira de Orçamento e Planejamento (Assecor), para analisar os últimos acontecimentos da campanha salarial. O Diretor-Suplente Roberto Pojo participou como representante da Anesp.

No encontro, os dirigentes das entidades trocaram informações e reafirmaram que as reivindicações a serem levadas à mesa de negociação são as mesmas: 100% de equiparação com a Receita e remuneração por meio de subsídio. Além disso, discutiram outras linhas de negociação para levar ao governo como critérios de progressão e avaliação das carreiras e a criação de uma Lei Orgânica do Ciclo de Gestão.

As entidades acordaram que qualquer proposta que seja apresentada pela SRH será encaminhada às assembléias para aprovação. Também se comprometeram a entrar em contato com a Secretaria de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento (SRH/MPOG) para solicitar que a reunião aconteça até o fim da semana.

Indecisão – Nesta terça-feira (25), o Ministério do Planejamento recebeu sindicalistas de diversas categorias para informar que o cenário político está influenciando nos processos de negociação. A decisão inicial de concretizar o aumento das categorias, que tinham fechado acordos, por meio de Medida Provisória não é mais certa, devido a impasses no Congresso. Ao invés da MP, considera-se a hipótese dos reajustes serem feitos por meio de Projeto de Lei.

Panorama – Desde a última reunião com a SRH, a Anesp vem mantendo contatos com o governo para marcar uma nova reunião. A Associação está aberta a negociações e aguarda uma proposta do governo em breve. Conforme deliberação de Assembléia, a Anesp encontra-se em Assembléia Permanente para apreciação da proposta salarial do governo para a carreira.

A União Nacional dos Analistas e Técnicos de Finanças e Controle (Unacon) anunciou indicativo de greve na segunda-feira (24). Em assembléia geral, os servidores da Controladoria Geral da União (CGU) optaram por iniciar a greve no dia 2 de abril. Já os servidores da Secretaria do Tesouro Nacional (STN) e a maioria dos estados, decidiram paralisar 48 horas após o fechamento do acordo de reajuste salarial com o Grupo Fisco, caso não haja uma posição do governo em relação à carreira. Enquanto isso, os servidores da CGU e da STN prosseguem com as mobilizações diárias por uma hora até o início da greve.

O Sindicato Nacional dos Servidores Federais Autárquicos nos Entes de Promoção e Fiscalização do Mercado de Valores Mobiliários (SindCVM) também aprovou o indicativo de greve em assembléia realizada no dia 20 de março e decidiram manter a paralisação diária de 1 hora até apresentação de proposta pelo governo. A Assecor também prosseguirá com as paralisações diárias e permanecerá em estado de alerta aos movimentos que conduzirão para uma negociação.

Grupo Fisco - Por não aceitar as propostas oferecidas pela Secretaria de Recursos Humanos do MPOG, na última terça-feira (18), os Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil paralisam suas atividades, em todo o país, por tempo indeterminado.

Já os Analistas-Tributários da Receita Federal do Brasil, não aderiram ao movimento do Unafisco. O Sindireceita informou que continuará à mesa de negociação com o governo, enquanto os canais estiverem abertos.