Uso de IA por países dos BRICS é tema de estudo de EPPGG
A EPPGG Denise Direito é coautora, ao lado do pesquisador Sérgio Queiróz, do Texto para Discussão publicado pelo Ipea, intitulado “Inteligência Artificial nos Países do BRICS: soberania, estágios de desenvolvimento e diferentes perspectivas”. O estudo analisa documentos de referência sobre IA elaborados por dez países-membros do BRICS, com o objetivo de identificar as principais prioridades de cada um para o desenvolvimento da tecnologia.
A metodologia baseou-se em análise documental, utilizando software de análise de conteúdo, orientada pelos conceitos de soberania tecnológica e digital e por quatro eixos estruturantes que guiaram a avaliação de cada país: i) infraestrutura computacional; ii) dados; iii) mão de obra especializada; e iv) pesquisa e desenvolvimento (P&D).
Os resultados revelam um cenário heterogêneo, com diferentes ambições e estágios de maturidade. China e Rússia destacam-se pela busca da liderança global em IA, com investimentos maciços em soberania tecnológica integral, desde hardware até algoritmos. Países como Irã, por sua vez, focalizam a dominância regional. Outros membros apresentam estratégias menos voltadas para a inovação autônoma, concentrando-se na adoção de soluções de IA para melhorar serviços públicos (saúde, segurança, educação). A escassez de mão de obra especializada e as fragilidades nos sistemas de P&D são desafios para todos os países.
No campo da cooperação internacional, iniciativas como infraestruturas compartilhadas (hubs regionais de computação), além de legislação para compartilhamento de dados e frameworks de interoperabilidade, são questões cruciais para os membros do BRICS.
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