Pressão da Anesp por política de testagem repercute em texto do Nexo sobre aprovação de autotestes
O Nexo Jornal noticiou na sexta-feira (28), que a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) decidiu liberar a venda nas farmácias dos autotestes contra a covid-19, exames rápidos que podem ser feitos em casa a partir da coleta de secreções do nariz ou da boca.
A decisão acontece após orientações divergentes entre Ministério da Saúde e a Anvisa e pressão de entidades da sociedade civil pela adoção de uma política universal de testagem no País como uma das estratégias para conter a alta propagação da variante ômicron e controle da pandemia.
O texto cita a nota conjunta do Observatório Covid-19 BR, Abrasco (Associação Brasileira de Saúde Coletiva) e Anesp (Associação Nacional dos Especialistas em Políticas Públicas e Gestão Governamental) enviada ao ministro Marcelo Queiroga, em janeiro. As entidades defendem que a política induziu a massificação da testagem em outros países. Isso porque os testes podem ser feitos em ambientes de trabalho, escolas, estádios, locais de eventos culturais e prisões.
“O fato de que esses países permitem que pessoas leigas realizem o autoteste é prova de que é possível orientar corretamente as pessoas sobre como realizar o teste, por meio de bulas com instruções de uso em linguagem clara e acessível quanto à coleta e ao descarte de material biológico, bem como usando plataformas — via internet, ou em aplicativos — em que os resultados são informados às autoridades e nas quais são fornecidas diretrizes de qual conduta adotar em caso positivo — o autoisolamento, monitoramento de sintomas e a busca pelos serviços de saúde se necessário”, diz trecho do documento.
Neste texto, o Nexo Jornal mostra as implicações da decisão da Anvisa e quais cuidados devem ser tomados com os autotestes para que eles sejam eficazes no enfrentamento à covid-19.