“Quem é o servidor do futuro?”, questiona EPPGG no Jota

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A EPPGG Maria Aparecida Chagas Ferreira publicou, no Jota, artigo em que discute como será o “servidor do futuro”. Partindo do curioso caso da nomeação de uma ministra criada por Inteligência Artificial na Albânia, a autora analisa as transformações na força de trabalho e as novas necessidades do serviço público. “Cargos como datilógrafos, ascensoristas e operadores de telex, que marcaram o início do século XX, tornaram-se ultrapassados. A lógica do mercado de trabalho não comporta nostalgia: funções que perderam relevância tecnológica permanecem apenas em registros históricos, filmes e fotografias”, escreve. 

Ferreira aponta que, em 2025, o Fórum Econômico Mundial (FEM) publicou o relatório Future of Jobs Report, onde há a previsão de que 39% das competências atuais dos trabalhadores mudarão radicalmente até 2030, exigindo requalificação ampla. Em sua análise, contudo, a preparação para o futuro não pode ser responsabilidade apenas individual.

“Cabe ao Estado, como empregador direto e regulador dos mercados, criar condições para que seus servidores tenham oportunidades de desenvolvimento, autonomia, saúde, bem-estar, remuneração justa, respeito ao tempo e ao ritmo de cada pessoa e, sobretudo, propósito real no trabalho. A lógica coletiva deve imperar, promovendo engajamento genuíno e não apenas desempenho voltado a gratificações e bônus pecuniário”, afirma.

Para ela, é importante mapear competências e habilidades das carreiras públicas, priorizando atributos transversais, tanto generalistas como especializados, que orientem novos modelos de recrutamento, seleção e desenvolvimento. Nesse sentido, a EPPGG celebra o Concurso Público Nacional Unificado (CPNU), exemplo desse esforço: “A modelagem do CPNU incorpora dimensões como transversalidade, diversidade, representatividade ativa e ethos público, plantando sementes de uma seleção mais moderna e perene, em sintonia com as necessidades sociais e econômicas do Brasil”.

“É preciso acompanhar continuamente as transformações sociais e econômicas que impactam tanto o setor privado quanto o público. A direção deve ser sempre o bem-estar humano, que é a razão de existir da administração pública e de todo o trabalho humano ou automatizado”, conclui. Leia o artigo completo.


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