“Políticas públicas na hora mais escura”, por Francisco Gaetani e Gabriela Lotta

Abrindo 2022, no dia 02 de janeiro, os professores da FGV, Francisco Gaetani e Gabriela Lotta, publicaram artigo em O Globo com uma mensagem dura, mas mobilizadora: “O Brasil vive sua hora mais escura em múltiplos domínios. O amanhecer é iminente e, potencialmente, mas não necessariamente, alvissareiro. Precisamos nos preparar para aproveitar as oportunidades. No fim de outubro de 2022, o Brasil terá um novo governo, que assumirá um país dividido, destruído e ávido por alternativas de futuro que ajudem na cicatrização das feridas... Que consigamos, individual e coletivamente, construir um novo futuro para nosso país.”

O diagnóstico traçado pelos autores do texto, que integram a lista dos cem acadêmicos mais influentes no mundo pelo portal Apolitical, indica um Brasil cindido, polarizado, que recua décadas em termos de transparência do orçamento e na edificação de políticas públicas, ou seja, é um país cheio de problemas para resolver. Apesar disso, este também é um ano para tratar desses problemas — 2022 é o ano de incubar, criar, discutir, contrapor, aprender, inovar e, quem sabe, instrumentalizar o próximo governo.

É momento de alocar a energia possível no dia seguinte às eleições e de evitar que o arrasto eleitoral e o diversionismo absorvam o capital de formulação de que o país necessitará a partir de novembro de 2022. É momento de debate sobre valores que a sociedade prioriza, das políticas baseadas em evidências, da modelagem de alternativas para instrumentalizar escolhas democráticas. É momento da construção de um novo pacto social e de um projeto de futuro republicano e democrático.

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