O retrocesso da grande estratégia geopolítica brasileira é abordado por EPPGG no Nexo

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Artigo publicado no Nexo Políticas Públicas do EPPGG e doutor em ciências sociais Marcelo Viana Estevão de Moraes discute o papel da Unasul - União das Nações Sul-Americanas, no processo de afirmação geopolítica do Brasil e como a sua destruição tem significado retrocesso para o País e para a Região em termos econômicos e políticos.

O especialista, que também é autor do livro “A construção da América do Sul: o Brasil e a Unasul”, lançado em 2021 pela Editora Appris, resgata que o Brasil liderou a criação da Unasul, em 2008, com o objetivo de projetar o poder da região no redesenho da ordem global e articular as ações dos diversos países nos vários campos das políticas públicas, funcionando como instrumento de governança do espaço regional bioceânico, em um contexto de mudança do polo político e econômico mundial do Atlântico Norte para o Pacífico Ocidental.

A destruição da Unasul ocorreu juntamente com a desarticulação da política externa brasileira, de global player e de global trader, mediante a desorganização do Itamaraty, que sempre funcionou como referência institucional para a profissionalização da administração civil.

A nova ordem geopolítica mundial impõe ao Brasil o desafio de atualizar e implementar uma grande estratégia que conjugue o seu destino com o da América do Sul, articulando uma plataforma regional de projeção de poder capaz de assegurar os interesses nacionais e regionais na nova conjuntura internacional. É preciso garantir algum controle sobre o entorno oceânico da América do Sul, a segurança da extensa fronteira terrestre brasileira e a cooperação para o desenvolvimento sustentável da Amazônia diante da crise ecológica global.

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