No G1, EPPGG Letícia Bartholo fala sobre sucateamento e reconstrução do CadÚnico; ouça o podcast

A EPPGG Letícia Bartholo foi entrevistada pelo podcast O Assunto, do G1, a respeito do sucateamento do Cadastro Único (CadÚnico) – e sua necessária reconstrução na próxima gestão federal. Nas palavras de Bartholo, O CadÚnico é “a seta para os programas sociais” brasileiros: um sistema centralizado com dados e informações das famílias de baixa renda, vital para o direcionamento dos programas de assistência social e de redistribuição de renda no País.

Sem ele – ou com dados equivocados – os programas acabam por “errar a mira”, como tem sido o caso do Auxílio Brasil, cujo desenho equivocado incentiva pessoas de um mesmo núcleo familiar a realizarem cadastros separados, causando distorções na distribuição de renda no País. Tal erro na formulação do programa faz do combate à pobreza menos eficiente, afirma Bartholo.

Leia mais: “Divisão artificial de famílias é fruto do mau desenho do Auxílio Brasil, aponta EPPGG”.

Reafirmando a necessidade de recuperar a qualidade dos dados do sistema, Bartholo lembra que o Cadastro Único é uma construção coletiva de mais de duas décadas: “É uma conquista da sociedade brasileira, reconhecido mundialmente como uma das maiores tecnologias sociais de identificação de vulnerabilidades”, aponta. Segundo ela, mais de 40 milhões de famílias estão cadastradas na plataforma. Estima-se, hoje, que 62 milhões de brasileiros tenham renda mensal abaixo de R$500. Deste total, 18 milhões sobrevivem com menos de R$170 por mês – situação classificada pelo Banco Mundial como “extrema pobreza”.

No podcast, Bartholo – que foi secretária nacional adjunta de renda da cidadania entre 2012 e 2016 – fala ainda sobre os desafios da próxima gestão federal e as potencialidades dos programas sociais brasileiros, se bem ajustados: “Se você pegar hoje o orçamento disponível ao Auxílio Brasil e distribuir conforme o valor que considere a composição familiar, certamente você terá mais impacto na redução da pobreza e da desigualdade”, defende.

Ouça o podcast na íntegra.


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