Como se proteger da fumaça das queimadas? Ministério da Saúde orienta

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

A cortina de fumaça gerada por queimadas na Amazônia Legal, intensificada neste mês de agosto, já chega até o Rio Grande do Sul. No interior do estado de São Paulo, incêndios iniciados na quinta-feira (22/8) aumentaram no final de semana, o que impactou a qualidade do ar com fumaça e neblina sentida em vários estados. Cenário similar vem acontecendo também no Pantanal.

Os efeitos da exposição à fumaça têm sido relatados em diversos cantos do Brasil. Nesse sentido, o Ministério da Saúde reforça as orientações e recomendações para evitar a exposição da população à fumaça intensa e à neblina. Além dos esforços de combate ao fogo, é fundamental que a população seja orientada sobre como se proteger, evitando, dentro do possível, a exposição aos poluentes. 

O Ministério da Saúde recomenda as seguintes orientações para a população:

  • Aumentar a ingestão de água e líquidos ajuda a manter as membranas respiratórias úmidas e, assim, mais protegidas;

  • Reduzir ao máximo o tempo de exposição, recomendando-se que se permaneça dentro de casa, em local ventilado, com ar condicionado ou purificadores de ar;

  • As portas e as janelas devem permanecer fechadas durante os horários com elevadas concentrações de partículas, para reduzir a penetração da poluição externa;

  • Evitar atividades físicas em horários de elevadas concentrações de poluentes do ar, e entre 12 e 16 horas, quando as concentrações de ozônio são mais elevadas;

  • Uso de máscaras do tipo “cirúrgica”, pano, lenços ou bandanas podem reduzir a exposição às partículas grossas, especialmente para populações que residem próximas à fonte de emissão (focos de queimadas) e, portanto, melhoram o desconforto das vias aéreas superiores. Enquanto o uso de máscaras de modelos respiradores tipo N95, PFF2 ou P100 são adequadas para reduzir a inalação de partículas finas por toda a população;

  • Crianças menores de 5 anos, idosos maiores de 60 anos e gestantes devem redobrar a atenção para as recomendações descritas acima para a população em geral. Além disso, devem estar atentas a sintomas respiratórios ou outras ocorrências de saúde e buscar atendimento médico o mais rapidamente possível.

Pessoas com problemas cardíacos, respiratórios, imunológicos, entre outros, devem:  

  • Buscar atendimento médico para atualizar seu plano de tratamento;

  • Manter medicamentos e itens prescritos pelo profissional médico disponíveis para o caso de crises agudas;

  • Buscar atendimento médico na ocorrência de sintomas de crises;

  • Avaliar a necessidade e segurança de sair temporariamente da área impactada pela sazonalidade das queimadas.

Investigações sobre os incêndios

As causas dos incêndios ainda estão sendo apuradas pelas autoridades. Segundo nota divulgada no domingo (25/8), a Polícia Federal informou que instaurou dois inquéritos policiais para apurar as causas dos incêndios em São Paulo e que está conduzindo investigações em várias regiões do Brasil para identificar os responsáveis por incêndios que afetam diversas áreas. Além disso, a nota explica que as  Delegacias de Meio Ambiente (DMAs) e Delegacias descentralizadas da Polícia Federal estão ativamente mobilizadas, monitorando de perto a situação dos incêndios nas suas respectivas jurisdições e que trabalha de forma integrada com outras agências federais, como o IBAMA e o ICMBio.