Como reduzir os riscos que a volta ao trabalho presencial traz?

Com a publicação da Instrução Normativa nº 90, de 28 de setembro de 2021, o Ministério da Economia orientou o retorno ao trabalho presencial na Esplanada. Assim, podem voltar aos ministérios todos os servidores e empregados públicos, com exceção dos que apresentam condições e fatores de risco e dos responsáveis que tenham a guarda de menores em idade escolar sem aulas presenciais e que não possuam adulto na residência apto a prestar assistência. Os servidores que aderiram ao programa de gestão de seus órgãos de lotação e fizeram a opção pelo teletrabalho também estão dispensados do retorno às atividades presenciais.

A ANESP, desde o princípio da pandemia de covid-19, entende que o retorno presencial deve se restringir às atividades que não podem ser desempenhadas remotamente, com a apresentação dessa justificativa. O vírus ainda circula entre nós e representa um risco que devemos evitar sempre que possível, mesmo com os aumentos nas taxas de imunização. Em dezembro passado, a Associação publicou uma Nota Técnica com esse teor e encaminhamos para o Ministério da Economia com sugestões de melhoria à IN 109. 

Outra linha de atuação da ANESP foi com relação à prevenção. Fizemos uma parceria com o Todos pela Vacina e com o Observatório Covid-19 BR e ajudamos na elaboração e lançamento da campanha #InformarPrevenirSalvar. A campanha visa conscientizar gestores públicos para as medidas mais importantes de prevenção: máscaras de qualidade, ventilação e distanciamento. 

Seguimos com nosso entendimento de que somente as atividades que não podem ser desempenhadas remotamente devem ser feitas de maneira presencial. No entanto, sabemos que há pessoas em trabalho presencial. Como fazer com que esse ambiente seja o mais seguro possível? 

Assim, dando continuidade à divulgação de informações confiáveis e cientificamente validadas, a ANESP publica material  em que estão consolidadas orientações sobre como reduzir os riscos de contágio com Covid-19 no local de trabalho. Esse material foi elaborado pelo EPPGG Ricardo Horta, com a contribuição de especialistas do Observatório Covid BR e foi revisado pelo EPPGG Claudio Maierovitch e pelo pesquisador Vitor Mori.   

Esperamos que este material contribua para uma cultura de prevenção da Covid-19 na Administração Pública Federal.  

Minha equipe vai retornar ao trabalho presencial. Como posso me prevenir da covid-19?

É fundamental ter em mente que não existe medida que garanta, por si só, 100% de proteção contra a covid-19. Assim, o ideal é acumular medidas de proteção para reduzir esse risco[i]: daí porque até que toda a equipe de trabalho esteja completamente vacinada, e a pandemia esteja sob controle no Brasil, as pessoas devem continuar usando máscaras, ventilando ambientes, e evitando, quando possível, o contato prolongado em locais fechados e aglomerados.

Desde o início da pandemia, aprendemos muito sobre a covid-19. Em primeiro lugar, é importante você se certificar de que tem clareza de como funciona a transmissão do vírus segundo as evidências mais recentes[ii].

Hoje, sabemos que a principal via de transmissão é pela inalação de partículas que contêm o vírus e estão suspensas no ar. Uma pessoa infectada pode expelir essas partículas ao respirar, e sobretudo ao falar, cantar ou gritar[iii]; e outra pessoa, ao aspirar esse mesmo ar suspenso no ambiente, pode se infectar também[iv].

A transmissão da covid-19, assim, se dá principalmente pelo ar, especialmente em locais fechados ou mal ventilados e com muita gente. Nesses espaços, inclusive, a distância de 1,5m pode ser insuficiente para prevenir a infecção, pois as partículas com o vírus podem ficar suspensas no ar por um longo tempo, e viajar distâncias muito maiores.

As três medidas de prevenção mais importantes são:

a)   privilegiar atividades ou interações sociais ao ar livre, ou em ambientes bem ventilados;

b)  usar correta e constantemente máscaras adequadas, bem ajustadas ao rosto, cobrindo o nariz e a boca, e sem vazamentos pelas bordas; e

c)   manter distanciamento físico das outras pessoas.

Como a maioria dos locais de trabalho no serviço público é fechada, é essencial que profissionais e organizações, na medida do possível, promovam uma melhor circulação de ar nos ambientes, com trocas constantes com o meio externo. O ideal é proporcionar a ventilação cruzada – ou seja, abrir portas e janelas e, se possível, utilizar ventiladores próximos às janelas, promovendo essa troca de ar[v].

Onde e quando isso não for possível, por conta das características estruturais do edifício, a climatização artificial deve evitar sempre a recirculação de ar interno, e filtros adequados precisam ser instalados nos equipamentos.

Posso voltar à mesma rotina de trabalho anterior à pandemia?

É importante refletir sobre as novas formas de trabalhar que aprendemos após tanto tempo de pandemia, e sempre que possível, incorporá-las neste momento de retorno.

Vale refletir, por exemplo, se, mesmo com o retorno ao local de trabalho, é realmente necessário se realizar uma reunião presencial numa sala pequena e mal ventilada com muitas pessoas, sendo que agora sabemos que muitas reuniões podem perfeitamente ser realizadas de forma virtual.

Há várias formas de reduzir o risco coletivo que deveriam ser seriamente consideradas em todo o serviço público:

·         Estimular as pessoas a não irem ao trabalho caso tenham qualquer sintoma – tosse, coriza, febre, dores no corpo, por exemplo.

·         Deixar portas e janelas sempre abertas, para melhorar a ventilação do local de trabalho.

·         Realizar o rodízio de pessoas na repartição, com equipes fixas a cada dia, para reduzir o contato entre as pessoas.

·         Adotar modalidades híbridas de trabalho, para reduzir o número de pessoas no escritório.

·         Rearranjar o espaço e adotar uma maior distância entre as estações de trabalho.

·         Em locais de atendimento ao público, estimular o agendamento prévio para evitar filas e aglomerações.

Além disso, caso você saia para almoçar com colegas de trabalho, procure fazê-lo em grupos menores de pessoas, e privilegiando restaurantes e locais que tenham mesas do lado de fora ou em locais bem ventilados.

Vale lembrar que não é recomendável, até que a pandemia esteja sob controle, realizar eventos, confraternizações ou encontros maiores de pessoas do trabalho. Se necessário, porém, deveriam ocorrer somente em espaços abertos ou ao ar livre[vi]. 

Mas já tomei a vacina. Isso não significa que posso ficar sem a máscara no meu local de trabalho?

Primeiramente, é importante lembrar que a pessoa vacinada só está totalmente imunizada após decorridas ao menos duas semanas da 2ª dose de vacina (AstraZeneca, Pfizer ou CoronaVac), ou da dose única (Janssen). Ou seja, se você só tomou a 1ª dose, não deixe de tomar a 2ª dose na data prevista no seu cartão de vacinação, e saiba que não está ainda plenamente imunizada ou imunizado.

Todas as vacinas aprovadas pela ANVISA contra a covid-19 têm mostrado, nos testes realizados em diversos países, alta eficácia contra mortes, casos graves ou hospitalizações. Contudo, já sabemos que elas infelizmente não previnem completamente contra a infecção pela doença.

Já sabíamos que mesmo pessoas sem sintomas podem transmitir o vírus se infectadas. Além disso, com a disseminação de novas variantes mundo afora, estudos vêm mostrando que mesmo pessoas vacinadas podem se infectar e transmitir o vírus para outras pessoas, ainda que seja menos comum[vii].

Ou seja, o fato de alguém estar vacinado não é suficiente para que esta pessoa deixe de utilizar máscaras, especialmente se estiver convivendo com outras pessoas que ainda não estão plenamente imunizadas.

Deixar de usar máscaras não é uma opção ou escolha que afete apenas a própria pessoa que decide não as usar. Se uma pessoa se recusa a usar máscaras, pode estar levando adiante o vírus sem saber, e pondo em risco as outras pessoas que ainda não estejam totalmente imunizadas.

Considere, por fim, que circular sem máscara pelo local de trabalho, ou pedir às demais pessoas que retirem suas máscaras, é uma atitude que pode constranger seus colegas e até mesmo configurar assédio.

Tudo bem, mas preciso retirar minha máscara para me alimentar ou hidratar durante o serviço. Como faço?

De fato, há momentos em que será necessário retirar a máscara. Idealmente, isso só deveria ocorrer em ambientes muito bem arejados e com algum distanciamento entre as pessoas, principalmente durante as refeições, que envolvem a retirada da máscara por um período prolongado. Não sendo possível, recomenda-se que as máscaras sejam retiradas brevemente, apenas no tempo necessário para comer ou beber.

E, em todo caso, não se deve tirar a máscara para conversar ou fazer reuniões: o ato de falar pode expelir partículas infectadas no ar.

Meu local de trabalho tem totem de álcool gel e medição de temperatura na porta. Estou protegido ao frequentá-lo?

Na verdade, hoje sabemos que essas medidas de prevenção são bem menos eficazes do que pensávamos no começo da pandemia.

A higienização das mãos é uma boa prática do ponto de vista da saúde em geral, pois pode ajudar a prevenir diversas doenças. Se você está acostumada ou acostumado a fazer isso, ótimo: é sempre importante higienizar as mãos, tal como escovar os dentes. No entanto, em relação à covid-19, cuja principal via de transmissão é respiratória, é fundamental você saber que, isoladamente, essa não é a medida mais relevante para se assegurar a sua proteção[viii].

A principal medida é o uso correto de máscaras – e não qualquer uma delas, nem de qualquer jeito[ix]. Você não estará protegida ou protegido se higienizar as mãos, mas estiver usando uma máscara de pano mal ajustada, ou com o nariz para fora.

O uso correto e constante de máscaras traz outra vantagem. Hoje sabemos que a probabilidade de se contrair a covid-19 pelo contato com superfícies é pequena[x]. E se você estiver usando máscaras corretamente, não ficará tocando o rosto.

Por fim, quanto à medição de temperatura na entrada do local de trabalho, é importante lembrar que esses termômetros de aproximação nem sempre são precisos, especialmente se a medição for feita incorretamente (no pulso, por exemplo). Como se não bastasse, embora a febre seja um sintoma comum da covid-19, nem sempre ocorre. Ou seja, os termômetros podem deixar de detectar indivíduos infectados com a covid-19, mas sem febre; e ainda podem indicar equivocadamente alguém como tendo a doença – sendo que a pessoa pode estar com febre por outros motivos[xi].

A melhor forma de se detectar a covid-19 e fazer a triagem de pessoas não é a medição de temperatura, é a realização de testes periódicos que detectam a presença do vírus na fase infecciosa, como os de antígeno ou de RT-PCR.

Minha estação de trabalho fica separada das demais por uma barreira de acrílico. Isso significa que estou protegido?

A ideia de que barreiras de acrílico sejam suficientes para a proteção contra a covid-19 decorre de uma compreensão, comum no começo da pandemia, mas já superada, que a principal forma de transmissão seriam as gotículas expelidas por alguém tossindo ou espirrando. Essas gotículas, por serem muito pesadas, caem no chão rapidamente.

Hoje, sabemos que não é o caso. A principal forma de transmissão da covid-19 é pela inalação de partículas leves suspensas no ar – e elas podem ficar suspensas por um longo tempo em locais fechados e mal ventilados[xii]. Essas partículas se dispersam como se fosse a fumaça de um cigarro – ou seja, elas vão lentamente se espalhando por todo o ambiente, não sendo contidas por esses obstáculos.

Assim, as barreiras de acrílico não oferecem a proteção que se acreditava meses atrás, e por isso é tão importante a circulação e a renovação de ar e o distanciamento entre as pessoas.

Posso usar qualquer tipo de máscara?

Neste ponto, também é importante atualizar o conhecimento que se tinha da transmissão do vírus.

Em ambientes abertos, ao ar livre ou bem ventilados, máscaras de pano podem ser suficientes. Mas em ambientes fechados e mal ventilados – como é o caso da maioria das repartições públicas – essas máscaras podem ser pouco efetivas para proteger você e ou seus colegas de trabalho.

Dê sempre preferência às máscaras do tipo PFF2 (ou N95), que são comumente compradas em lojas de construção civil ou facilmente encontradas à venda na internet, e não são caras.

Essas máscaras oferecem proteção superior[xiii], seja porque incorporam uma tecnologia de filtragem de partículas do ar (o que as máscaras de pano não fazem), seja porque oferecem um bom ajuste ao rosto: elas têm clipes nasais para a correta cobertura do nariz, e são presas atrás da cabeça, e não da orelha, evitando que haja frestas na vedação.

Importante lembrar que você pode reutilizá-las, mas as máscaras do tipo PFF2 não podem ser lavadas nem higienizadas com álcool gel, sob pena de perderem sua eficácia. Separe duas ou três máscaras para cada dia de trabalho na semana. Ao longo do turno de trabalho, troque-as caso fiquem úmidas. E ao chegar em casa, deixe-as arejando por alguns dias ao abrigo do sol. Vá então reutilizando as máscaras, num sistema de rodízio.

Uma alternativa às máscaras do tipo PFF2 é o uso de duas máscaras: uma cirúrgica por baixo, e outra de pano por cima, para auxiliar na vedação[xiv].

A vedação é o ponto mais importante de qualquer máscara[xv]: não adianta uma boa máscara, se está mal ajustada ao rosto.

Por fim, é fundamental lembrar que infelizmente há muitas máscaras à venda que não oferecem proteção adequada contra a covid-19. É o caso de máscaras de tricô ou crochê, máscaras transparentes de acrílico sem vedação ao rosto, ou máscaras que oferecem tecnologias supostamente “antivirais”, mas que não filtram o ar por serem de pano. Evite usá-las no ambiente de trabalho e oriente pessoas que as utilizam, dizendo que não estão corretamente protegendo nem a si, nem às outras pessoas.

E no transporte público, o que fazer para me prevenir?

Pesquisas mostram que o risco pode ser reduzido no transporte público, contanto que se pratique o mesmo triângulo da prevenção que mostramos acima[xvi]:

·         Uso correto de máscaras por todos;

·         Distanciamento entre as pessoas – o que pode ser um problema em veículos lotados; e

·        Abrir as janelas para que o ar circule e promova trocas de ar constantes com o ambiente externo.

Se possível, dê preferência ao uso de máscaras do tipo PFF2 ao embarcar no veículo.

E essas novas variantes de que estão falando, devo me preocupar com elas?

Todas as vacinas autorizadas pela ANVISA têm, até o momento, proporcionado boa proteção contra as novas variantes do vírus da covid-19. O que tem mudado até agora é que algumas variantes são mais contagiosas do que as anteriores – por exemplo, bastando um contato rápido com uma pessoa infectada para contrair a doença.

No entanto, algumas variantes podem reduzir em algum nível a proteção oferecida pelas vacinas. Além disso, ainda existem muitas pessoas não totalmente imunizadas em nosso entorno – como é o caso de crianças e adolescentes, imunossuprimidos, pessoas que só tomaram a primeira dose. Continuar se cuidando é um ato de responsabilidade e de empatia com as outras pessoas.

Por isso a importância de, além de se vacinar, seguir adotando as demais medidas de prevenção que trouxemos aqui, até que a pandemia esteja sob controle no Brasil.

Saiba mais como se prevenir em diferentes lugares da sua rotina!

Conheça nossa campanha e baixe materiais neste site: https://coronacidades.org/informarprevenirsalvar/

Referências:

[i] Cheng Y. et al (2021). “Face masks effectively limit the probability of SARS-CoV-2 transmission”. Science. https://science.sciencemag.org/content/372/6549/1439

[ii] Pramesh C.S. et al. (2021). “Choosing Wisely for COVID-19: ten evidence-based recommendations for patients and physicians”. Nature Medicine. https://www.nature.com/articles/s41591-021-01439-x

[iii] Stadnytskyi V. et al (2021). “Breathing, speaking, coughing, or sneezing: What drives transmission of SARS-CoV-2?”. Journal of Internal Medicine, https://onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/joim.13326

[iv] Greenhalgh, T. et al (2021). “Ten scientific reasons in support of airborne transmission of SARS-CoV-2”. The Lancet, April 15. https://doi.org/10.1016/S0140-6736(21)00869-2. Tang, J.W. et al (2021). “Dismantling myths on the airborne transmission of severe acute respiratory syndrome coronavirus-2 (SARS-CoV-2)”. The Journal of Hospital Infection, Vol. 110, p. 89-96. https://doi.org/10.1016/j.jhin.2020.12.022; “Covid-19 has redefined airborne transmission” (2021). Editorial do BMJ. Vol. 373, n913 https://www.bmj.com/content/373/bmj.n913; “Doença do coronavírus 2019 (COVID-19)”. BMJ Best Practice. Disponível em português em: https://bestpractice.bmj.com/topics/pt-br/3000201/aetiology

[v] Allen, Joseph G. et al (2021). “Indoor Air Changes and Potential Implications for SARS-CoV-2 Transmission”. JAMA.  https://jamanetwork.com/journals/jama/fullarticle/2779062; Leliveld, Jos et al (2020). “Model Calculations of Aerosol Transmission and Infection Risk of COVID-19 in Indoor Environments”. Int. J. Environ. Res. Public Health, https://www.mdpi.com/1660-4601/17/21/8114 . Ver também o documento oficial da OMS sobre ventilação de ambientes, “Roteiro para melhorar e garantir a boa ventilação de ambientes fechados no contexto da doença causada pelo novo coronavírus, COVID-19”, disponível em https://iris.paho.org/handle/10665.2/53938  e da EPA/EUA: https://www.epa.gov/lep/ar-interno-e-coronavirus-covid-19

[vi] Nicastro F. et al (2021). “Solar UV‑B/A radiation is highly effective in inactivating SARS‑CoV‑2”. Scientific reports. https://www.nature.com/articles/s41598-021-94417-9

[vii] Chia P.Y. et al. “Virological and serological kinetics of SARS-CoV-2 Delta variant vaccine-breakthrough infections: a multi-center cohort study”. MedRxiv. https://www.medrxiv.org/content/10.1101/2021.07.28.21261295v1

[viii] Lewis, Dyani. “COVID-19 rarely spreads through surfaces. So why are we still deep cleaning?”. Nature. https://www.nature.com/articles/d41586-021-00251-4

[ix] Fischer, Emma P. et al. (2020). “Low-cost measurement of face mask efficacy for filtering expelled droplets during speech”. Science Advances. https://advances.sciencemag.org/content/6/36/eabd3083

[x] A orientação do CDC/EUA desde 05/04/2021 é a de considerar “baixo” o risco de transmissão por superfícies. Vide https://www.cdc.gov/coronavirus/2019-ncov/more/science-and-research/surface-transmission.html; Vide também o Editorial da Nature, “Coronavirus is in the air — there’s too much focus on surfaces”, de 02/02/2021, disponível em: https://www.nature.com/articles/d41586-021-00277-8

[xi] Pană B.C. et al. “Real-World Evidence: The Low Validity of Temperature Screening for COVID-19 Triage”. Frontiers in Public Health. https://www.frontiersin.org/articles/10.3389/fpubh.2021.672698/full

[xii] Há um estudo apontando que as partículas podiam ficar suspensas num banheiro fechado e mal ventilado, infectando outras pessoas, até 40 minutos depois. Jung J. et al. (2021). “Nosocomial Outbreak of COVID-19 in a Hematologic Ward”. Infect Chemother, https://icjournal.org/DOIx.php?id=10.3947/ic.2021.0046#F1

[xiii] Lindsley, William G. et al. (2021). “Efficacy of face masks, neck gaiters and face shields for reducing the expulsion of simulated cough-generated aerosols”. Aerosol Science and Technology, https://www.tandfonline.com/doi/full/10.1080/02786826.2020.1862409 

[xiv] Sickbert-Bennett, E.E. et al. (2021). “Fitted Filtration Efficiency of Double Masking During the COVID-19 Pandemic”. JAMA Internal Medicine. 16 April. https://jamanetwork.com/journals/jamainternalmedicine/fullarticle/2778913

[xv] O’Kelly, Eugenia et al. (2021). “Comparing the fit of N95, KN95, surgical, and cloth face masks and assessing the accuracy of fit checking”. PLOS One. https://journals.plos.org/plosone/article?id=10.1371/journal.pone.0245688

[xvi] Moreno, Teresa et al. (2021). “Tracing surface and airborne SARS-CoV-2 RNA inside public buses and subway trains”. Environment International, https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0160412020322819 ; Green D. et al. (2021). “Transport For London SARS-CoV-2 RNA Sampling Study”. Imperial College London, http://content.tfl.gov.uk/covid-sampling-paper-phase-1.pdf