ANESP recebe gestores de SP para apresentação de pesquisa sobre evasão nas carreiras de EPPGG

Estudo apresentado no Congresso do Consad de Gestão Pública indica que saída da carreira é determinada por fatores como remuneração e atratividade (promoção e progressão). Já a permanência está ligada a questões como relevância das atividades desempenhadas e compatibilidade com as atribuições do posto

No último dia 6 de junho, os diretores da ANESP Afonso Pacifico (Assuntos Profissionais) e Ricardo Vidal (Administrativo-Financeiro) convidaram para um encontro na sede da Associação os Especialistas em Políticas Públicas (EPP) do estado de São Paulo Fábio Klein, Fernando Vizotto e Alberto Ferreira, autores de um estudo sobre as motivações dos gestores para evasão e permanência nas carreiras de EPPGG dos estados e do governo federal (clique aqui para visualizá-lo). O encontro serviu para apresentar os principais pontos da pesquisa e trocar experiências sobre as respectivas carreiras.

No estudo, os EPPs analisam variáveis para identificar o que motiva os gestores estaduais e do governo federal para sair ou permanecer em suas respectivas carreiras. De uma forma geral, os pesquisadores observaram que a evasão está ligada principalmente a duas questões: baixa remuneração e tempo no cargo. Os gestores explicam que quanto mais baixo o salário e mais tempo falta para a aposentadoria, maior a chance do servidor procurar outra carreira.

Por outro lado, os maiores motivadores para permanência nos cargos estão ligados à satisfação profissional e à alta remuneração. De acordo com os especialistas, quanto mais valorizado o EPPGG se sente, com acesso a cargos comissionados, atribuições relevantes, incentivo à formação e qualificação e um salário mais alto, maior a possibilidade dele continuar na carreira.

Na pesquisa, Klein, Vizotto e Ferreira analisaram também os grupos respondentes de forma individualizada e indicaram recomendações (no âmbito nacional e nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Bahia). Entre os gestores do governo federal, foi observado que a visão sobre a carreira é positiva e poderia ser melhorada se os EPPGGs tivessem mais acesso a espaços, funções e projetos percebidos como desafiadores e mais condizentes com as atribuições legalmente instituídas.

Ao final do encontro, os diretores da ANESP manifestaram o interesse de realizar com os gestores um estudo sobre o impacto da atuação transversal da carreira e da possibilidade de movimentação interministerial na satisfação profissional e na efetividade das políticas públicas para o Estado. A ideia foi bem recebida pelos pesquisadores, que se comprometeram a avaliar a viabilidade de realização.

Fonte
Assessoria de Comunicação ANESP