Poema de despedida e gratidão ao 17º Curso de Formação da Carreira de EPPGG
Nesta quarta (30) acontece o encerramento do curso de formação de EPPGG, etapa do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU). Foram quatro meses de imersão, diálogos e aprendizados. Para celebrar esse percurso, o futuro colega de carreira Gustavo Honorato escreveu um poema de "despedida e gratidão".
A ANESP comemora este momento e relembra, ainda, a importância do aproveitamento do cadastro de reserva do CPNU, reforçando o pleito de que se convoque, assim que possível, nova turma do curso de formação para a carreira de EPPGG, em quantitativo pelo menos igual à convocação inicial (150 pessoas), a fim de garantir manutenção do número atual de EPPGGs na ativa, considerando a perspectiva de aposentadoria, até 2030, de parte importante dos membros da carreira.
Poema de Despedida e Gratidão ao 17º Curso de Formação da Carreira de EPPGG
Por Gustavo Honorato
Chegamos quase no fim da estrada,
Do curso que nos formou.
Entre provas e palestras,
Foi suor que nos moldou.
Mas foi gente, mais que palavra,
Que de fato nos tocou.
Vi rostos virando amigos,
Vi mestres virando farol,
Ouvi risos no intervalo,
Ouvi silêncio no sol.
Vi cansaço virando força,
E tropeço virando farol.
Tivemos dias pesados,
Outros leves de esperança.
Teve meme, teve planilha,
Teve dúvida e cobrança.
Mas no fundo, em cada riso,
Vivia a nossa confiança.
Gente vinda de mil cantos,
Com sonhos no coração,
Se sentou na mesma sala,
Compartilhou vocação.
E aprendeu que no governo
Cabe luta e compaixão.
Teve quem quis dançar sem roupa,
Teve quem quis usar o soro em paz,
Teve frase que virou lenda
(Repetida mil vezes, aliás).
Teve história pra dez livros
E saudade que é voraz.
Era grupo sobre grupo,
com tarefa e variação.
Sempre alguém pedia firme:
“Falem do Bolsa, da implantação!”
E no meio do Cisternas,
a alma pedia exoneração.
Post-it virou linguagem,
com promessa de solução.
Mas na hora do MaPR,
vinha a grande interrogação:
era bússola ou disfarce
num labirinto em construção?
Não sabemos o futuro,
Nem que órgão nos caberá.
Mas sabemos que Brasília
Tem um pouco de nós já.
Pois deixamos nesse curso
Mais que nota ou um crachá.
Deixamos a nossa coragem,
Deixamos nossa missão.
A vontade de fazer certo
Com técnica e coração.
A certeza de que o Estado
Pode ser mais cidadão.
Se um dia cruzarmos de novo
Numa sala ou corredor,
Que lembremos dessa fase
Com carinho e bom humor.
Pois foi dura, foi bonita,
Foi sementes e foi flor.
E se alguém perguntar
O que é ser EPPGG...
É cuidar do bem comum
Mesmo quando ninguém vê.
É servir com inteligência,
É lutar sem se esconder.
Seguimos com nossa sigla,
Com orgulho e com valor.
EPPGG é compromisso,
É razão com muito amor.
E se for pra mudar o mundo,
Que seja como servidor!
Alcione, a Marrom rainha,
Cantou forte na canção:
“Não deixe o samba morrer” —
Fez parte da formação!
Porque todo EPPGG
Tem que ter inspiração.
De Baraúna e Mossoró trouxe essa rima,
O sertão no coração.
Com calor e com coragem,
Com amor e decisão.
A quem ouviu minha fala
Saiba que levo no coração.