No UOL, EPPGGs defendem educação democrática para buscar verdade e preservar memória

Na Coluna Diálogos Públicos do UOL, os EPPGGs Pedro Pontual e Ricardo Horta publicaram neste 24 de março, quando se celebrou o “Dia Internacional para o Direito à Verdade para as Vítimas de Graves Violações dos Direitos Humanos”, artigo que convida à reflexão sobre a importância de buscar a verdade e a memória como forma de educação para a democracia.

O texto é fruto de parceria entre a ANESP e a Coluna Diálogos Públicos.

Cidadãos precisam saber sobre o papel das instituições republicanas e seu funcionamento, mas sobretudo que o Estado democrático de direito não se sustenta sem a participação ativa e continuada da sociedade, afirma o artigo. Porém, uma sociedade marcada pela violência e pela violação sistemática de direitos humanos jamais poderá viver a democracia de forma plena. No ano em que o Brasil completa o bicentenário de seu nascimento como Nação independente, o esclarecimento de episódios de graves violações segue sendo uma tarefa inconclusa e indesejada.

A observação do direito à Memória de um país garante que se saiba em que circunstâncias, e pela ação de quais agentes do estado, foram perpetrados atos ilegais que vitimaram cidadãos. Contrariamente ao que muitos acreditam, esquecer não faz a violência passada desaparecer - ela segue viva nos corações das pessoas que perderam seus entes queridos, e segue viva nas práticas que se repetem. O esquecimento leva à persistência da violação de direitos humanos, sem que se rompa esse ciclo.

Quando violações de direitos humanos ocorridas no passado não são enfrentadas, o problema não se resolve. Ao contrário, as questões persistem, comprometendo o presente.

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