Estudo de EPPGG estima impactos econômicos do consumo de sal

Foto: Agência Brasil

O EPPGG Eduardo Nilson publicou artigo em que debate os impactos econômicos do consumo de sal para o sistema público de saúde da Costa Rica. O texto foi publicado na revista Plos One em coautoria com Jaritza Vega-Solano, Karol Madriz-Morales e Adriana Blanco-Metzler.

Acesse aqui a íntegra [em inglês].

Os pesquisadores estimam que os custos anuais com hospitalização, consultas e medicamentos atribuíveis ao consumo excessivo de sal pela população local com mais de 15 anos foram superiores a 15 milhões de dólares em 2018. Dessa forma, as doenças causadas pelo excesso de sal na dieta – como a hipertensão e doenças cardiovasculares – representam perdas econômicas importantes para o país, “não apenas em termos de custos diretos com a saúde, mas também indiretos, devido ao aumento de anos potenciais de vida perdidos por mortes prematuras por doenças cardiovasculares, que causam perdas significativas do capital humano e, portanto, para a economia e o desenvolvimento da Costa Rica”, apontam.

Entre as estratégias de redução de consumo de sal, a pesquisa indica que intervenções “multicomponentes” são mais eficazes do que intervenções isoladas: “Essas intervenções incluem metas de sal em alimentos processados, informações nutricionais obrigatórias, rotulagem de advertência na frente da embalagem, medidas fiscais, regulamentação do marketing e da promoção de alimentos não saudáveis e programas ou campanhas de educação e marketing social”, afirmam. Como exemplo, são citados pelos autores casos do Reino Unido e da Finlândia, onde estratégias coordenadas de redução de sal produziram resultados de saúde significativos, como a redução da pressão arterial na população e do risco de doenças cardiovasculares, melhorando a expectativa de vida em 5 a 6 anos.

O caso da Costa Rica é destacado no estudo devido ao fato de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) representarem a principal causa de morte no país. Em 2018, por exemplo, elas foram responsáveis por 83% de todas as mortes, sendo que 29% corresponderam a doenças cardiovasculares. A prevalência de hipertensão arterial na população maior de 19 anos no país caribenho no mesmo ano foi de 37,2%.


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