Estudo americano conduzido por EPPGG aponta desmonte autoritário no Brasil

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Uma pesquisa do Centro de Estudos sobre o Brasil da Universidade de Oklahoma (EUA), realizada pela professora assistente de estudos internacionais e EPPGG Michelle Morais de Sá e Silva, indica que o governo Bolsonaro vem promovendo "um desmonte autoritário das políticas públicas". Ela concedeu entrevista ao jornalista Kennedy Alencar no UOL.

“A gente tem dados que revelam a redução da máquina estatal nos últimos anos, teoricamente por conta de aposentadorias. Mas o que meu estudo aponta e todos os dados revelam é que não são só os servidores aposentados que estão saindo do governo federal. Você tem servidores usando várias estratégias, de mudança de órgãos ou cidade, alguns saindo do país, em função da situação de assédio que vivem nas próprias instituições”, relata.

A perda, ressalta a pesquisadora, é sentida em todas as políticas públicas, com uma erosão da estrutura do Estado. Esse talento não se recompõe facilmente, pois perdem-se pessoas talentosas, com experiência nas políticas públicas que buscam outras posições para se protegerem, revela o levantamento.

Em coluna, Kennedy Alencar complementa. “Alternâncias naturais de poder geram mudanças na máquina pública dos países. Mas o que aconteceu no Brasil, com a ascensão da extrema-direita nas eleições de 2018, desencadeou mudanças de destruição do Estado e retrocessos nas políticas social, ambiental, diplomática, de direitos humanos e educacional, aponta o estudo, que entrevistou 337 servidores e ex-funcionários públicos”.

O estudo revela, ainda, que há uma política de nomear militares e evangélicos para funções de chefia nos ministérios.


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