Carreiras de gestor da AL podem formar Rede Latino-americana de Executivos Públicos

Representantes da ANESP e das carreiras equivalentes à de EPPGG da Argentina e do Peru conversaram sobre o assunto durante o 15º Congresso Internacional do Clad. Grupo serviria para troca de experiências e promoção de debates que gerassem o desenvolvimento das carreiras em seus respectivos países

A participação da ANESP no 15º Congresso Internacional do Clad trouxe uma possível novidade para 2011. A Associação e representantes de carreiras equivalentes à de EPPGG de outros países da América Latina aproveitaram a ocasião para iniciar conversas sobre a formação de uma Rede Latino-americana de Executivos Públicos.

De acordo com o diretor que representou a ANESP no evento, Jean Alves, a rede teria o objetivo de estimular debates e possibilitar a troca de experiências que gerassem o desenvolvimento das carreiras em seus respectivos países. Ainda segundo o dirigente, as atividades iniciais poderiam começar no Congresso do Clad do próximo ano, com a realização de um painel envolvendo integrantes das entidades que formariam a rede: a ANESP, a Asociacion de Administradores Gubernamentales (Argentina), a entidade representativa dos Administradores Gubernamentales do Uruguai, o Cuerpo de Gerentes Publicos (Peru), o Servicio Profesional de Carrera (México), e, como convidados especiais, a Associação dos Administradores Civis (Espanha).

“Pude conversar com o coordenador do Corpo de Administradores Gubernamentales e o representante da Associação da respectiva carreira, ambos da Argentina, e com o gerente do Corpo de Gerentes Públicos, do Peru. Todos estão muito interessados em conhecer e se relacionar com as carreiras dos países vizinhos”, comentou Alves.

Antes da possível realização do painel no próximo Congresso Internacional do Clad, porém, é preciso amadurecer os objetivos e ações da Rede. Para o diretor da ANESP, uma boa oportunidade seria durante o congresso que a Associação planeja realizar no primeiro semestre de 2011, envolvendo a carreira de EPPGG e suas similares estaduais. O tema será levado para debate entre os diretores da ANESP na próxima reunião de Diretoria da entidade.

Gerentes Públicos peruanos
Criada para profissionalizar a ocupação dos cargos de gerência de entidades públicas peruanas nos três níveis de governo, a carreira de Gerentes Públicos daquele país é a mais recente entre as da América Latina. Os dois processos seletivos realizados até o momento tiveram início, respectivamente, em abril (30 vagas) e outubro (25 vagas) de 2009. A seleção ocorreu de forma distinta da brasileira. Primeiro o interessado deveria enviar seu currículo já se candidatando a um determinado cargo de gerência listado no edital de convocação. Havia então uma análise do documento e os melhores eram convidados a uma prova sobre conhecimentos de gestão e de normas públicas. Após essa etapa, os mais bem classificados foram entrevistados. Só então os aprovados passavam por uma espécie de curso de formação, que era a última fase de seleção. Todas as vagas eram para cargos de chefe de unidade, gerente e sub-gerente.

Outra peculiaridade diz respeito à permanência no serviço. De acordo com o Decreto Legislativo que cria e regulamenta a carreira, o Gerente Público fica inicialmente três anos no cargo para o qual foi aprovado. Após esse período, o chefe da entidade pode solicitar sua permanência definitiva. Caso contrário, ele é realocado para realizar outras atividades no serviço público, por dois meses, sendo remunerado com o valor anterior. Esse período serve para que ele ainda tente uma recolocação em outro cargo de gerência de entidades públicas. Entretanto, se não conseguir nesse prazo a remuneração é cessada e o Gerente Público fica livre para ocupar cargos de gerência no setor privado.

Para saber mais sobre os Gerentes Públicos peruanos, clique aqui.

Fonte
Assessoria de Comunicação ANESP