Os EPPGGs e a política: o que a logomarca da ANESP tem a ver com isso?

A atual Diretoria da ANESP foi eleita com o compromisso de conferir mais Força e Voz à carreira de EPPGG. Ao longo deste primeiro ano, trabalhamos com afinco para atingir esses objetivos. Participamos de uma intensa campanha salarial de forma concertada com as demais entidades do Ciclo de Gestão; buscamos espaços para a divulgação da carreira na imprensa, tendo sido bem sucedidos em algumas delas; aproximamo-nos de diversos parlamentares e estabelecemos uma interação com a Frente Parlamentar Mista para o Fortalecimento da Gestão Pública e com a Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público da Câmara dos Deputados; fizemos parcerias com outros atores que têm interesses próximos, como o site jornalístico Congresso em Foco, que cobre o Congresso Nacional e os principais fatos políticos da capital federal; e intensificamos nossa presença em fóruns classistas, como Fonacate, e em de discussão sobre a Gestão Pública, como os Congressos do Consad e do Clad.

Mas a carreira precisa de mais! Mais força e mais voz! Os impasses e a deferência apenas protocolar com que a Segep tratou a Associação, mesmo diante dos nossos posicionamentos firmes e tecnicamente embasados, como ocorreu nas negociações em torno da mobilidade, mostram quão necessário é nosso fortalecimento político para que possamos ocupar mais espaço nos debates relativos à Gestão Pública.

A carreira precisa se tornar um ator político relevante no seu campo. Queremos que o coletivo de EPPGGs e seus membros sejam percebidos – pela imprensa, pelos parlamentares, pelo governo e pela academia -, como referência nos temas da formulação, implementação e avaliação de políticas públicas e da gestão pública. Queremos que eles nos procurem e que o coletivo consiga ter espaço e voz para exercer o seu papel de advocacy naqueles temas, seja nos aspectos corporativos, seja naqueles relacionados à discussão sobre a eficiência da Administração Pública.

Para tanto, a construção de imagem da carreira e de seus membros é fundamental. E estamos convictos de que isso torna necessária uma nova e ousada política de comunicação. Comunicação que se depara, entre outros obstáculos, com uma dificuldade estrutural: o fato de que aqueles temas em que temosexpertise são simplificados, entendidos e internalizados, pela sociedade e por aqueles públicos específicos, como "gestão pública".

Portanto, propomos a mudança visual da logomarca e a utilização, nesta, de um nome fantasia: Associação Nacional dos Gestores Públicos Federais. Como sugere o próprio recurso da marca fantasia, não se trata de uma mudança formal; não se trata de reduzir ou simplificar o conteúdo encerrado pela sigla EPPGG; não se trata da vinculação da carreira a uma nova denominação; mas sim de sua representação. Trata-se simplesmente de viabilizar a comunicação e atrair aqueles interlocutores para a Associação. Somente assim, chamando a atenção daquele público que consideramos relevante, é que o conteúdo complexo e abrangente das nossas especialidades poderá ser apresentado.

Optamos por enfatizar a marca “Gestor Público” porque se trata de um conceito simples, apreensível, presente no imaginário daqueles que atuam no campo da administração pública e das políticas públicas. Quanto ao termo “Federal”, surge da necessidade de diferenciação das carreiras de gestores das outras unidades da federação, mas também da importância e da imponência que o termo assume no repertório dos públicos visados.

Em linhas gerais, estas são as razões para a proposta que ora fazemos. Denominações simples, curtas, claras e pertinentes facilitam a interlocução, comunicam mais!