Francisco Gaetani e Felipe Drumond, do Republica.org, escrevem para O Globo sobre a possibilidade de o governo introduzir na PEC uma definição do que venham a ser carreiras típicas ou atividades de Estado para consagrar no texto constitucional as carreiras de segurança pública.

Para Gaetani e Drumond, isso produzirá insegurança jurídica, implodirá qualquer melhoria no serviço público que a PEC pretenda trazer e não agrega valor a nenhum dos pontos importantes à sociedade.

Eles reforçam também que, caso isso aconteça, haverá margem à prevalência de visões ideológicas polarizadoras e de visões fiscalistas, que reforçarão ainda mais os problemas de gestão e implementação das políticas públicas atuais, como se a natureza do vínculo com o Estado explicasse os problemas de funcionamento da máquina pública.

Os autores acreditam que, ao mobilizar sua base nesse sentido, o governo estimula uma cascata de pleitos idênticos, uns com mais e outros com menos razões. Esse será o debate dominante da reforma, não o aprimoramento do funcionamento da máquina administrativa e a valorização do desempenho dos servidores públicos.

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