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Estudo de EPPGG evidencia preconceito contra LGBTQIA+ nas Forças Armadas

O EPPGG Telesmagno Neves-Teles é um dos coautores de artigo que aborda o preconceito de gênero e contra a diversidade sexual entre militares do Exército brasileiro. Por meio de questionário respondido por recrutas jovens – entre 18 e 20 anos –, os autores ponderaram os impactos de fatores educacionais, étnicos, religiosos e de renda neste tipo de preconceito, que é bastante alto na instituição, majoritariamente masculina.

Entre os resultados, a pesquisa demonstrou que quanto maior o nível de educação dos soldados, menor o preconceito em relação à gênero e sexualidade. O aspecto religioso, contudo, é o mais destacado. “Parece que o protestantismo evangélico no Brasil está contribuindo para o aumento do preconceito”, afirmam.

Dessa forma, frente ao nível elevado de discriminação com uma população que já sofre violências de maneira geral, os autores defendem que a questão deveria ser uma “prioridade máxima” do governo federal. Por exemplo, um outro estudo realizado com 101 homens gays brasileiros mostrou que 76,2% relataram experiências passadas de insultos verbais; 31,7% disseram ter passado por ameaças de violência; e quase 10% relataram ter sido negados um emprego ou demitidos por serem gays.

“Para mudar essa realidade de preconceito, todos os cursos de formação, da faculdade ao exército, devem ter o tema da saúde LGBT de forma obrigatória. Além disso, todas as instituições devem criar mecanismos pedagógicos para apoiar seus membros (especialmente professores e gestores) a cumprir seu papel de promover os direitos humanos”.

O artigo foi publicado na revista internacional Psychology & Sexuality e está disponível neste link (em inglês). 



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