Em evento da Folha, presidenta da ANESP ressalta papel dos EPPGGs na transformação do Estado
A presidenta da ANESP, Elizabeth Hernandes, participou, na segunda-feira (11), do seminário “O Setor Público em Transformação”, promovido pelo jornal Folha de S. Paulo, em parceria com o Movimento Pessoas à Frente. O EPPGG Roberto Pojo, secretário de Gestão e Inovação no Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) também esteve presente, junto à ministra do MGI, Esther Dweck, que fez a abertura do evento.
Em sua fala, Hernandes ressaltou o papel dos EPPGGs para a transformação e aprimoramento da máquina pública: “Quando se fala em transformação do serviço público, a gente pensa em futuro [...] e eu vejo, nesse momento, futuros se concretizando. Quando tomei posse no serviço público, no ano 2000, eu assumi em uma carreira que foi criada na década de 80 a partir de uma perspectiva de futuro, que é a carreira de Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental. Eu percebo, ao longo desses anos, que a carreira tem cumprido essas promessas de futuro”, afirmou.
A presidenta da ANESP também falou sobre o esforço em transformar o Estado – fazendo-o mais eficiente e justo – ser um “exercício de resistência e de esperança”: “Falar em futuro em uma época como hoje também é um exercício de resistência. Porque há tantas coisas para levar ao desalento... Por exemplo, a ascensão da extrema-direita em um país poderoso como os Estados Unidos. Você vê um grupo político que defende o negacionismo da Ciência e outros negacionismos, como o negacionismo do papel do Estado... então falar em futuro, em transformação, em um momento desses é um exercício de resistência, é um exercício de esperança. Eu acredito que nós conseguimos fazer isso juntos”.
Já Pojo falou sobre a necessidade de olharmos para a máquina estatal e seu corpo burocrático sob uma nova perspectiva: “O Estado brasileiro precisa de mais burocracia. No seguinte sentido: a burocracia enquanto instância de previsibilidade ao acesso ao serviço público. Nós nos acostumamos – não só no Brasil, mas no mundo inteiro – a olhar para a burocracia do ponto de vista disfuncional, e não do ponto de vista da sua essência, que é trazer previsibilidade para o funcionamento do Estado e previsibilidade ao acesso ao serviço público”, defendeu.
A ministra Esther Dweck, à sua vez, apresentou um balanço da atuação do MGI: “Desde o início optamos por um termo chamado 'transformação do Estado'. O Estado tem que se adaptar constantemente às novas demandas e necessidades da população e pensar de forma contínua em como melhorar a capacidade de prestar serviço à população. O Estado precisa estar em constante transformação e com foco em um projeto que seja verde, inclusivo e, sem dúvida, digital”, disse.