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Concurso Unificado: presidenta da ANESP explica a carreira ao Portal Terra

Foto: Eliaine Souza

Em matéria que aborda a realização do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU), o portal Terra falou sobre o cargo de Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental (EPPGG). Segundo o texto, trata-se de um cargo “que pouco se ouve falar no dia a dia”, mas cuja remuneração prevista no edital desperta o interesse de muitos candidatos.

“A rotina diversa em nada corresponde à burocracia que se imagina quando pensamos nos termos ‘políticas públicas’ e ‘gestão governamental’. Por outro lado, sim, envolve visitas técnicas e muitas reuniões com ministérios”, explica a jornalista Marcela Ferreira, que – para melhor entender o que fazem os EPPGGs – conversou com a presidenta da ANESP, Elizabeth Hernandes.

Entre outros pontos, Hernandes explicou que o cargo foi criado em 1989, no período de redemocratização do Brasil, em resposta à necessidade de profissionais com expertise em gestão de governo e políticas públicas: “Essa profissionalização para todos os cargos, e não apenas para o gestor governamental, foi acentuada a partir da Constituição Cidadã de 1988, quando ficou instituída a seleção pública e os critérios de impessoalidade na administração pública. Foi quando se pensou em criar uma burocracia impessoal, selecionada por concurso e qualificada”, apontou.

Em relação ao perfil profissional do EPPGG, a presidenta da ANESP comentou que, além do caráter multidisciplinar e transversal, é necessário que se tenha uma preocupação genuína com o desenvolvimento do País: “As pessoas que entram nessa carreira são pessoas que gostam de estudar, de pesquisar; são pessoas que se preocupam com o País mesmo, com os destinos do País e que acreditam que a gente pode lutar para o melhor. Em qualquer que seja o governo, você sempre vai encontrar EPPGGs em cargos de destaque”.

Sobre a remuneração, Hernandes relembrou que, via de regra, os EPPGGs são mestres ou doutores, o que indica o perfil mais experiente e acadêmico da vaga. Portanto, a alta remuneração se justifica pela experiência desse perfil profissional: “Essa remuneração é muito proporcional à formação das pessoas que esse concurso acaba selecionando. Se você fizer um levantamento da formação dos gestores, hoje existe um percentual muito grande de doutores, todo mundo tem alguma pós-graduação. Eu diria que a carreira foi formulada para selecionar gente muito qualificada, portanto, ela também oferece um salário atrativo”, defende.

A reportagem também conversou com o professor Fernando Coelho, do curso de Gestão de Políticas Públicas da USP: “A gestão governamental guarda muito relação com o que nós chamamos de áreas meio. Elas são áreas que pra maioria da população não aparece. São áreas invisíveis, mas que sem elas as coisas não funcionam”, explicou, ressaltando a atuação dos EPPGGs na formulação, implementação, monitoramento e avaliação de políticas públicas.

Leia a reportagem completa.


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