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Com secretários do MGI, ANESP realiza “tira-dúvidas” sobre concurso unificado

A ANESP realizou nesta quinta-feira (26) uma sessão de debate a respeito do Concurso Público Nacional Unificado (CPNU), com o objetivo de sanar dúvidas de EPPGGs em relação ao certame e os impactos que trará à carreira. Mais de 40 gestores e gestoras assistiram ao encontro, que contou com os secretários do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) Roberto Pojo, da Secretaria de Gestão e Inovação (SEGES); José Celso Cardoso Jr., da Secretaria de Gestão de Pessoas (SGP); e a Diretora de Provimento e Movimentação de Pessoal, do MGI, Maria Aparecida Chagas Ferreira. A sessão foi exclusiva para integrantes da carreira de EPPGG, que puderam fazer perguntas e questionamentos em relação ao tema.

Entre as questões levantadas, tiveram destaque o cronograma das provas em relação ao calendário eleitoral de 2024; a divisão de conteúdos e a maneira como as especificidades de cada carreira serão levadas em conta; as cotas raciais; o atendimento de exigências legais específicas da carreira de EPPGG, em se tratando de um concurso unificado; além de uma preocupação em relação a eventuais judicializações do certame.

Receptivos aos questionamentos, os secretários frisaram que muitos pontos estão em discussão no âmbito dos grupos que trabalham na construção do edital do CPNU (Comissão de Governança e o Comitê Consultivo e Deliberativo instituídos pelo Decreto 11.722/2023). Porém, destacaram o fato de se tratar de um concurso unificado, mas não de uma “prova unificada”, idêntica para todas as áreas e entidades governamentais. O tipo de conhecimento exigido variará conforme blocos temáticos que, por sua vez, serão definidos por aproximação da área de atuação governamental de cada órgão.

“Não é uma prova única, que você vai colher o mesmo conhecimento para todas as carreiras que estão envolvidas no rol do concurso unificado. Esse ‘unificado’ tem peso maior do ponto de vista logístico”, explicou Pojo.

Para José Celso Cardoso Jr., trata-se de “testar outra forma de fazer”, de forma a tornar possível – sem ignorar as especificidades de cada área, carreira ou órgão – “compatibilizar isso com outros critérios até então em grande medida ausentes das provas tradicionais, que tornem mais possível trazer diversidade para dentro do setor público”, defendeu.

Este foi o quarto momento de diálogo junto ao MGI a respeito da realização do concurso unificado, além de conversas em outros fóruns sobre o tema. Apenas nesta semana, por exemplo, representantes da ANESP já haviam se reunido com equipes da SEGES e da SGP na segunda e na terça-feira, de modo a aprofundar a discussão e colocar as questões de associadas/os em pauta.

“De modo geral, a preocupação vem no sentido de contribuir e melhorar a seleção dos futuros gestores. Como é um processo novo, é normal que cause dúvidas”, aponta a presidenta da ANESP, Elizabeth Hernandes, que agradeceu a abertura do MGI e a disponibilidade dos secretários. Ela ressaltou o papel da Associação de promover o diálogo entre seus associados, associadas e a gestão do governo e de buscar informações corretas para fundamentar o debate, de forma a cooperar com a melhora na prestação de serviços públicos – o que certamente passa pela gestão de pessoas e pela seleção e valorização dos servidores.


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