Brasília - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou que a equipe econômica acelere a implantação do orçamento para poder sancioná-lo, e assim, evitar a edição de uma medida provisória para garantir o andamento das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Lula discutiu o assunto durante reunião com líderes do Congresso Nacional e o ministro da Secretaria de Relações Institucionais, José Múcio, na noite de hoje (18), no Palácio do Planalto.

Apesar de já ter sido aprovado pelo Congresso Nacional na semana passada, antes de ser sancionado, o orçamento precisa passar por uma análise do Legislativo e do Ministério do Planejamento. Nesse período até a sanção, o governo não quer ver obras do PAC parando por falta de dinheiro, nem recorrer a MPs para conseguir dinheiro.

Para evitar ao máximo a edição de novas medidas provisórias, o líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB- RR), informou que o presidente do Congresso Nacional, senador Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), comprometeu-se a entregar a proposta ao Ministério do Planejamento amanhã (19), antecipando o prazo de entrega de 10 dias. A idéia é um mutirão de funcionários do Planejamento trabalhando a todo vapor para colocar o orçamento em prática.

“Qual a vantagem de mandar mais uma MP para o Congresso agora? O governo não quer MP”, questionou Jucá, depois da reunião com Lula.

Sobre a mudança no rito de tramitação das medidas, o ministro José Múcio espera que, até o final do mês deste mês, parlamentares e governo tenham chegado a um acordo. “O governo está preocupado com a MP. Não queremos enfrentar a Casa”, disse o ministro.

Além de Jucá e Múcio, participaram da reunião no Planalto os líderes do governo no Senado, senadora Roseana Sarney (PMDB-MA), e na Câmara dos Deputados, Henrique Fontana (PT-RS).

Carolina Pimentel / Agência Brasil