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Governo rebaixa Auditores-Fiscais em nova tabela

Um escárnio. É a avaliação que define a reunião das entidades do Fisco com os representantes do MPOG (Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão) ontem (12/3), em Brasília. Durante cerca de uma hora e meia de discussão, foi apresentada uma nova tabela que propõe uma mitigação para o problema do fosso com um reenquadramento dos Auditores-Fiscais que estão no início da carreira. No entanto, para os futuros Auditores, a proposta criará um novo fosso.

Como se não bastasse, o salário inicial proposto é inferior ao de todas as outras carreiras consideradas típicas do Estado. Ou seja, o Governo está sugerindo um rebaixamento dos Auditores, consolidando a Classe no segundo patamar remuneratório do Poder Executivo.

A tabela apresentada pelo diretor de Relações do Trabalho do MPOG, Nelson Freitas, em reunião que contou com a presença do secretário da RFB (Receita Federal do Brasil), Jorge Rachid, e do secretário-adjunto do órgão, Jânio Castanheira, é inaceitável. Além de não valorizar os Auditores, a proposta também indica um rebaixamento de valores em relação à tabela anteriormente apresentada. A diminuição dos percentuais de reajuste foi questionada de pronto pelos representantes do Unafisco.

Inabilidade – A avaliação da DEN (Diretoria Executiva Nacional) é que mais uma vez o Governo demonstrou inabilidade na negociação. Mesmo sabendo da decisão da Classe de paralisar as atividades por tempo indeterminado, apresentou uma proposta que, além de não atender aos pleitos dos Auditores, diminui a remuneração da maioria dos colegas atingidos pelo fosso, se comparada com a proposta anterior.

O desrespeito é ainda mais grave quando se constata que os percentuais oferecidos aos analistas são superiores aos que foram apresentados para os Auditores. Enquanto a proposta anterior instituía percentuais de reajustes iguais para o salário inicial, a atual proposta estabelece 34% para os analistas e 17% para os Auditores. Uma inversão de valores. Um erro de avaliação. É difícil entender os critérios adotados pelo Governo para a elaboração da proposta.

A impressão que se tem é que o Executivo não acredita na disposição dos Auditores para a greve. O que é mais um erro de avaliação. A Classe já deu provas nas assembléias e plenárias que vai exigir o reconhecimento da importância do cargo.

Portanto, é de extrema importância que os Auditores continuem se mobilizando para a paralisação. Precisamos construir um movimento forte desde o primeiro momento. Ao Governo, cabe decidir se continuará insistindo em promover esse embate.

Boletim Informativo / Unafisco Sindical