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O organizador das políticas de Educação Básica do DF

Uma das poucas unanimidades de opiniões no mundo é sobre o poder da educação para o desenvolvimento de uma nação. Através dela, um país consegue, entre muitos outros, diminuir índices de pobreza e desemprego, melhorar a qualidade de vida da população e, até mesmo, reduzir o número de escândalos de corrupção no poder público. Por isso, a gestão de áreas como essa requer pessoas experientes, com amplo conhecimento do setor e forte equilíbrio técnico. Desta forma pensou o secretário de Educação do Distrito Federal, José Luiz Valente, quando, em março deste ano, convidou o Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental (EPPGG) Rubens de Oliveira Martins para chefiar a Subsecretaria de Gestão Pedagógica e Inclusão Educacional (SUBGPIE) do DF.

Antes da chegada de Martins, a direção do ensino básico distrital apresentava falhas. A principal delas era sobre as atividades de gestão pedagógica e planejamento técnico, feitas separadamente e sem interação por duas Subsecretarias distintas. O fato trazia consequências negativas para as crianças e jovens do DF que dependiam do setor público para estudar. Havia, por exemplo, problemas na distribuição de vagas, no acesso das pessoas aos processos de matrículas e no alcance das escolas aos programas governamentais de incentivo ao estudo.

Para suprir essa lacuna, o secretário de Educação do DF decidiu reestruturar sua Pasta. Então, extinguiu as duas subsecretarias e criou uma nova, responsável pelas duas funções. Por ser essencial para o bom desenvolvimento do setor educacional, o comando da nova unidade necessariamente deveria ser feito por alguém com experiência em gestão e planejamento. “O professor Valente achou que seria melhor juntar as atividades em uma só [subsecretaria] e me convidou a assumi-las. Já havia trabalhado com ele no Ministério da Educação (MEC) e ele já havia feito um convite há cerca de um ano, mas não aceitei. Desta vez, pesei o trabalho técnico que o secretário desenvolve desde a época do Ministério”, relata o EPPGG.

Apesar de pouco tempo à frente da SUBGPIE, os resultados do trabalho de Martins já começam a aparecer. A gestão pedagógica casada com o planejamento possibilitou a consolidação do programa Ciência em Foco, que promove a inclusão científica e tecnológica de crianças e jovens, por meio do ensino diferenciado de disciplinas ligadas à ciência. “Os professores montam laboratórios individuais, e os estudantes fazem a experiência em sala. Já recebi feedbacks de que alunos agora 'brigam' com os pais para não faltarem àquela determinada aula”, comemora o gestor. O sucesso do programa motivou a Subsecretaria a implantar, também, ainda neste ano, os projetos Português em Foco e Matemática em Foco.

Outro ponto fundamental da atuação do novo subsecretário é sobre a atualização tecnológica da educação no DF. Para fornecer um serviço mais moderno, a Subsecretaria investe na compra de novos computadores para os alunos. Os professores também não ficam de fora. Alguns receberam notebooks e softwares adquiridos para facilitar na capacitação do corpo docente e fazer com que eles tenham mais tempo para se dedicar ao ensino.

Além de tudo, a nova gestão possibilitou a reelaboração da Educação de Jovens e Adultos (EJA) - permitindo mais flexibilidade com a oferta diurna de vagas, o que combate a evasão desses estudantes – e a progressão de quase seis mil alunos, que estavam com defasagem no fluxo (idade muito avançada em uma série baixa), para o ensino médio. “Esse ponto é sensível, pois aquele que está muito atrasado perde o interesse, a motivação e acaba desistindo da escola”, comenta Martins.

Do Superior ao Básico
O tema educação sempre esteve presente na carreira de Rubens. Desde que se tornou gestor, há 11 anos, o subsecretário atuou na Secretaria de Ensino Superior (Sesu) do MEC. Lá, colheu experiências, sobretudo, na condução de políticas, mesmo com as mudanças de gestão dentro do Ministério. “A visão específica de cada governante que chega impõe certos limites e mudanças”, comenta o gestor.

Após mais de uma década lidando com o Ensino Superior, Martins foi trabalhar com a Educação Básica. Nessa transição, sentir diferenças foi inevitável. “ Trabalhava com políticas que atingiam mais de 2,5 mil instituições de ensino superior. Basicamente elas têm um grau de autonomia muito grande, além de um alunado adulto. Era um trabalho em que você desenhava linhas gerais e sentia o resultado em médio e longo prazo. Aqui é diferente. Temos uma rede de 640 escolas, 520 mil alunos e 28 mil professores que está bem mais próxima. O impacto das ações nós vemos imediatamente”, ressalta.

Memória
A transição de governos e ministros é uma constante na democracia. Junto com eles, entram e saem de cena seus ideais e suas políticas. Para Martins, essa constante troca é uma das coisas que enfatiza a importância dos EPPGGs no Executivo. “Os membros da carreira têm uma memória política, não permitindo a ruptura brusca das boas políticas de governo, mesmo com a entrada de novos governantes”, salienta. Segundo o EPPGG, “a formação qualificada e o acúmulo de experiências destes profissionais dá uma margem de flexibilização de suas atuações”.

Fonte
Assessoria de Comunicação ANESP