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Cartão de visitas

Post publicado no Blog do Servidor, do Correio Braziliense, indica o posicionamento da nova ministra do Planejamento sobre o relacionamento “Ministério-Funcionalismo”. Salário dos servidores sai do foco central para dar lugar às políticas de gestão baseadas em avaliações institucionais e pessoais

Em sua chegada ao Ministério do Planejamento, Miriam Belchior cumpriu o ritual: recebeu das mãos do antecessor Paulo Bernardo o livro da transição, leu um discurso sem muitas surpresas, citou a família, os funcionários da Casa, o ex-presidente Lula e chorou. Feito isso, pegou o elevador e foi direto para o gabinete. Entre ontem e hoje, já conversou com o pessoal das secretarias de Recursos Humanos e de Gestão, as mais sensíveis da pasta.

De PB, Miriam recebeu o seguinte recado: "Você, Miriam, provavelmente, não vai enfrentar isso, mas aqui teve um período em que teve manifestação diária. Tivemos de fazer uma agenda. Os sindicatos tinham de pedir pela manhã e à tarde para não fazer as duas manifestações na mesma hora". Nas palavras do ex-ministro, os sindicatos "sempre vão dizer que não é suficiente". "Mas acho que saberão reconhecer que fizemos um grande trabalho", justificou.

Pronto. Era o que a nova síndica da Esplanada precisa ouvir para fortalecer o discurso de que é urgente a inversão da agenda mantida com o funcionalismo. Salário vai lá para baixo da lista. Sobem as políticas de gestão de pessoas baseadas em metas de desempenho e os processos de avaliação institucional e individual.

Mas quando a senhora vai se reunir com os sindicatos?, perguntou o blog à nova ministra. "Deixa eu sentar na minha cadeira primeiro", respondeu.

Fonte 
Blog do Servidor (Correio Braziliense) – 04 de janeiro de 2011