Foram 12.221 candidatos para 45 vagas em Gestão Pública no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Brasília. Outro curso da mesma área também figura entre os dez mais disputados

Ao contrário de outros anos, em que cursos de Medicina e Direito de grandes universidades públicas brasileiras foram os mais procurados no Sistema de Seleção Unificada (Sisu), o de Gestão Pública do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Brasília foi o mais concorrido em 2013. Foram 12.221 inscrições para as 45 vagas oferecidas.

Além dele, o curso de Gestão Pública do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte também figura na lista dos dez mais disputados, com 9.014 inscritos.

Os dados foram divulgados na segunda-feira (14) em entrevista coletiva com o ministro da Educação, Aloizio Mercadante, em Brasília. De acordo com a apresentação, os números alcançados foram recorde. Entre 2010 e 2013, as vagas ofertadas saltaram de 47.913 para 129.319 em 101 instituições de ensino superior públicas. No mesmo período o total de inscritos passou de 890 mil para 1,94 milhão.

Evasão
Criado no segundo semestre do ano passado, o curso de Gestão Pública do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Brasília teve em sua primeira turma uma evasão de mais de 50%. Foram classificados 45 estudantes, mas apenas 29 se matricularam e 13 concluíram o período.

Em entrevista ao jornal O Globo, o coordenador do curso, professor Ailton Bispo, explicou que o atraso para início do semestre letivo, gerado pela greve do ano passado, foi o principal fator que motivou a desistência por parte dos alunos.

Bispo também contou que alguns estudantes não se matricularam, pois já eram bolsistas do Programa de Universidade para Todos (ProUni). De acordo com as normas do Programa, não é possível acumular à bolsa outra graduação.

Diretriz curricular de Administração Pública
O curso de Administração Pública existe no Brasil há aproximadamente 40 anos. Segundo levantamento no Sistema de Regulação do Ensino Superior do Ministério da Educação (e-MEC), existem hoje no País 225 cursos desse tipo, variando entre graduação tradicional, tecnológica, presencial e a distância.

Buscando primar pela qualidade das disciplinas, os universitários da área, representados pela Federação Nacional dos Estudantes de Administração Pública (Feneap), lutam hoje pela aprovação das Diretrizes Curriculares Nacionais do curso. O Conselho Nacional de Educação já enviou ao MEC um processo que aguarda homologação. Ele defende a necessidade das Diretrizes não apenas para formar servidores públicos, mas também profissionais capazes de se relacionar com o setor público de forma mais eficiente.

Fonte
Assessoria de Comunicação ANESP